24.11.07

Baladas ternas e melodiosamente macabras

Gosto muito de toda a musica de Nick Cave e acompanho os seus trabalhos já há cerca de 20 anos, embora reconheça que não é um género de musica que agrade a todos. De qualquer forma quem conheceu Cave há alguns anos talvez deva ouvir alguns dos seus novos trabalhos porque a sua evolução tem sido bastante positiva.

Começou por ter um grupo chamado Boys next Door em finais dos anos 70 que acabou, e formou em seguida um grupo de punk gótico, os Birthday Party que acabaram também nos anos 80, altura em que surgiram os Bad Seeds, já numa onda rock, embora calma. Escolhi este album para falar de Nick Cave porque é o meu album preferido, uma colectânea de baladas com histórias de sangue e morte, cuja voz grave mas melodiosa de Cave consegue transformar numa obra prima, capaz de penetrar até ao mais intimo do nosso ser.

Com o seguinte alinhamento:Song of Joy (que conta a historia de um homem que conta a outro como mataram a sua mulher e as suas três filhas), Stagger Lee (um homem que escorraçado pela mulher mata quem se atravessar no seu caminho), Henry Lee (um dueto com PJ Harvey em que ele conta como uma mulher mata o seu amante para que ele nunca se possa afastar dela), Lovely Creature, Where the Wild Roses Grow (um dueto com Kylie Minogue em que um homem mata a sua amada e a cobre de rosas enquanto lhe diz palavras de amor), The Curse of the Millhaven (que conta a historia de Loretta, uma rapariguinha de 15 anos que tenta matar toda a gente na sua terra), The Kindness of Strangers (a historia de uma mulher que abre a porta a um estranho e é encontrada morta na sua cama no dia a seguir), Crow Jane (conta como uns homens matam pessoas depois de se terem embebedado), O'Malley's Bar (a mesma cena de um homem que mata toda a gente num bar) e Death is not the End (a ultima musica do album em que o cantor nos vai dando várias situações em que diz que não nos devemos preocupar porque a morte não é o fim).

Um Homem estranho sem dúvida mas um excelente músico, compositor e cantor. Não aconselho a compra deste album pelas chamadas "pessoas normais", são capazes de arranjar traumas para o resto da vida, ehehehe

16.9.07

Fui ali já vim...

E andei beeeeeem acompanhada ;)

5.9.07

Férias


Vou ali.... já venho!!! Demoro uma ou duas semanitas.

31.8.07

A Rainha



“A Rainha” foi um filme que não tive oportunidade de ver quando estreou, com grande pena minha, mas finalmente já tenho o DVD e já pude comprovar aquilo que tinha sabido pelas criticas. Não é um romance, não é um filme de suspence com um enredo enorme e montes de personagens.

“A Rainha” é praticamente um documentário que vemos acerca da família real inglesa, há 10 anos atrás quando dois factores importantíssimos aconteceram. Primeiro, e o que despoletou toda esta situação, a morte trágica e inesperada de Diana.

(Nunca mais me esquecerei que estava em Vila Nova de Mil Fontes com uns amigos quando a Alberta Marques Fernandes apareceu na televisão a dizer que “notícia de última hora, a Princesa Diana tinha sido vitima de um grave acidente”... e eu comentei que devia de ter partido um braço, mas como era princesa...)

E depois, o que realmente dá origem a este filme. Tony Blair, o Primeiro Ministro Trabalhista recém eleito, que na altura ainda tinha ideais de pragmatismo e modernistas, e que após tantos anos na oposição ainda se sentia “do povo”. Tony Blair ganhou muitos pontos quando ao dar a notícia da morte de Diana se refere a ela como “A Princesa do Povo”.

Por outro lado a família real que se encontrava de férias em Balmoral preferiu remeter-se ao silêncio, não comentando o acontecimento, o que fez com que a sua queda de popularidade perante o povo que já andava tremida, descesse como nunca.

Blair teve aqui a sua grande golpada política ao empenhar-se em convencer a Rainha a mudar de atitude perante o acontecimento, fazendo-lhe sentir qual era a opinião do povo em relação a Diana e que ela só teria a ganhar se viesse “para a rua chorar” a morte de Diana junto com os seus subditos.

A História:
(cheia de considerações minhas)

E. portanto toda a estória da “historia” deste filme se desenrola no espaço de uma semana. A semana que se seguiu à morte de Diana em 31 de Agosto de 1997. Durante esses curtos dias Londres, Inglaterra e o mundo estiveram na expectativa do resultado da “batalha” que se travava entre a Família Real, hermética e conservadora e o Governo Britânico.

Helen Mirren, que veio a ganhar um Oscar pelo seu desempenho neste papel, está realmente fantástica, e irrepreensível neste papel. Os gestos, o andar, a postura, estão simplesmente perfeitos. Helen “ é “ a Rainha. O filme vai sendo intercalado com algumas imagens verdadeiras da altura aqui e ali, quando se justifica.

A morte da Diana foi um acontecimento que quer queiramos quer não, gostássemos ou não dela, mexeu com o mundo. Ela era uma mulher bonita, jovem e inocente que aprendeu à sua custa o que custava estar casada com o herdeiro do trono Britânico. A sua postura de mulher habituada a lidar e a conhecer os problemas dos homens e mulheres comuns levava-a a ter um tratamento simples e despreocupado o que contrastava e chocava com a frieza e distância da monarquia.

Diana disse NÃO e optou por viver a vida dela se nunca ter deixado de usar a sua fama e protagonismo para ajudar os pobres e os desfavorecidos. Mas como mulher normal que era e fazia questão de ser, o seu comportamento era sempre super vigiado pelos mídia o que fazia com que qualquer “passo em falso” fosse transformado num escândalo que incomodava a Rainha e a casa Real.

Por isso que ainda hoje resta a dúvida se a morte dela foi um triste acidente causado pela perseguição dos papparazzi ou se ela pura e simplesmente foi eliminada para deixar de perturbar a paz podre da família real.

Mas será que podemos culpar a Rainha por se sentir tão incomodada com o facto de Diana existir? Essa questão fica no ar neste filme. Afinal a Rainha foi criada para ser uma mulher de comportamento irrepreensível, ela não sabe ser de outra forma. O grande erro dela foi não se ter apercebido que não foi só o mundo em geral que mudou à sua volta mas os seus súbditos em particular também mudaram e exigem tolerância e compreensão da parte dela. E neste caso muito particular os súbditos queriam que a Rainha fizesse e partilhasse do seu luto.

O realizador deste filme, Stephan Frears teve o cuidado de não ser demasiado parcial, ele tenta demostrar o que se terá passado sem tomar grandes partidos, ele tenta mostrar os dois lados da questão, dum lado a família Real, que sem compreender bem a dimensão do mediatismo do acontecimento, apenas pensa que Diana já não pertence à família Real após o divórcio e pretende que ela tenha um funeral privado, sem qualquer comunicado da casa real.

Do outro o Governo Britânico e o povo inglês que “exigem” honras de membro Real. É preciso não esquecer que ela é a mãe do futuro Rei de Inglaterra. Perante a pressão dos media e da população, Blair decide ajudar a rainha a salvar-se dela mesma. Blair tenta fazer ver à Rainha que ela TEM que fazer uma declaração pública, ao que a Rainha se tenta “defender” dizendo que as declarações públicas apenas se fazem quando acontece algum facto extraordinário, e ela não considera que a morte de Diana “a Princesa dos escândalos” (palavras minhas mas que de certeza terão sido pensamentos dela) seja um desses factos.

Outra coisa que chocou o povo foi o facto de a Rainha estar em Balmoral e não regressar de imediato ao Palácio assim como a Bandeira de Buckingham e de todos os outros organismos oficiais não se encontrar a meia haste. Era “obrigatório” para o povo inglês que isso acontecesse.

“Humildade ou humilhação?”, pergunta a Rainha em determinada altura a Blair quando ele a confronta com essa necessidade de ser humilde perante o seu povo. “Pode o velho reger o novo sem ser deposto ou substituído?”, é o dilema que ela se depara com a subida do líder do Partido Trabalhista Tony Blair ao cargo de Primeiro Ministro, terminando com a dinastia conservadora no poder. (Se ele tempos mais tarde se deixa deslumbrar pelo poder e se torna também mais conservador do que liberal, já faz parte de outra guerra...)

Para mim a cena mais fantástica deste filme e que obviamente não se terá passado, mas que define a meu ver duma forma sublime a Rainha Isabel II e a sua postura perante o que se passou, é uma cena em que a Rainha é obrigada a parar por causa duma avaria no Jipe e vê um veado... ela fica a olhar para o veado com um olhar de admiração.

Pouco tempo depois ela é informada que o veado foi encontrado morto..., ela está nos seus terrenos em Balmoral e inexplicavelmente fica notoriamente nervosa e acaba por disfarçar algum choro. Faz questão de ir ter com o caseiro para ver o veado morto e ao olhar para o animal diz: “Espero que não tenha sofrido muito” e afasta-se com um ar perturbado.

Esta cena para mim demonstra a confusão de sentimentos em que a Rainha vive e a forma como ela está a baralhar as suas emoções... A Rainha elogia e gaba o animal, deslocando-se pessoalmente para o ver morto, mas não demostra qualquer tipo de emoção pelo desaparecimento de Diana, sua ex-nora e mãe dos seus netos, recusando-se até a regressar a Buckingham e a interromper as suas férias por causa disso.

Li algures que Anthony Lane, repórter da da revista "The New Yorker", teve uma frase magistral para definir este filme. O cabeçalho da sua coluna era: «A Rainha», o novo filme de Stephen Frears: "O seu tema é o choque de vontades entre Sua Majestade a rainha Isabel II, e Tony Blair, o primeiro-ministro do governo de Sua Majestade. Ou, se preferirem, Alien vs. Predador".

Sem qualquer reparo.... fantástico título este que tão bem define este filme.

24.8.07

Transformers

Para mim é bastante difícil falar deste filme porque não era meu hábito ver estes desenhos, são da geração de 80, já não fazem parte do meu imaginário de criança nem sequer de adolescente. Posteriormente também não li a Banda Desenhada, pelo que não me ficou no ouvido os nomes dos Robots e sinceramente nem sequer me senti muito atraída pela história. No fundo penso que os Transformers eram virados essencialmente para o sexo masculino.

Inicialmente brinquedos, depois desenhos e a seguir banda desenhada, eles “desmanchavam-se” e “montavam-se” sozinhos, passando de figuras humanóides a carros, helicópteros, motas, aviões, etc. Finalmente e porque está na moda transformar banda desenhada em filmes de cinema, chegou também a hora destes Robots passarem ao cinema.

A história conta que em tempos um cubo Clarkiano (o que quer que isso queira dizer), poderosa fonte de energia capaz de dar total domínio sobre o Universo veio parar à Terra e está na posse de Sam Witwicky, um jovem adolescente que não faz a mínima ideia do tesouro que possui. Megatron, o líder de uma facção de gigantes robóticos alienígenas decide vir procurá-lo, mas acaba por cair no Artico e ficar congelado durante décadas.

Autobots e Decepticons são Robots alienígenas que em tempos se dividiram em dois grandes grupos. Autobots são liderados por Optimus Prime, um ser pacifico que pretende conviver em paz com os humanos, Megatron, líder dos Decepticons tem como objectivo exterminar toda a vida biológica, o que os faz estar permanentemente em guerra. Optimus como sabe da existência do cubo Allspark na Terra e sabe também que Megatron está preso no Artico mas que acabará por se conseguir soltar, vem com um grupo para cá para defender os humanos, em especial o jovem que sem saber detém consigo o cubo monolito, que transforma objectos inanimados em seres vivos. Mas longe disso ser bom, os objectos que ganham vida à custa desse cubo monolito tornam-se maus e revoltam-se contra os seus consumidores/criadores humanos.

Estes seres gigantes têm a capacidade de se transformarem em objectos que à sua semelhança sejam metálicos ou electronicos e dar-lhes vida e é sob a forma de automóveis, motas e aviões e outros objectos que eles se camuflam e se escondem na Terra. E tal como eles previam, os Decepticons acabam por descobrir onde se encontra o seu líder e vêm para a Terra com a missão de o salvar e ajudar a encontrar o cubo.

Sam, é um jovem que estuda e que apenas tem como objectivo conseguir a namorada dos seus sonhos, Mikaela, a miúda mais gira e mais popular do liceu. Para isso precisa de um carro e quando consegue convencer o seu pai a comprar um, ele não sabe que leva com ele Bumblebee, um dos robots que o protegem. E isto dá inicio ao filme em que a pouco e pouco ele se começa a aperceber que o seu carro tem vida própria e que costuma desaparecer a meio da noite para reaparecer na manhã seguinte.

Uma das cenas engraçadas é quando Sam dá uma boleia a Mikaela que se chateou com o namorado e decide regressar a casa a pé e o autobot começa a manipular trechos de música de forma a dar-lhe os “recados” que ele gostaria de dar, ou seja a dizer-lhe a partir de músicas de rádio o que ele no fundo gostaria de conseguir dizer e que o robot sabe por ouvir as conversas dele com um amigo. Ou é uma cena engraçada ou é aquela de que eu me lembro melhor, porque sou “rapariga” e reparei na parte romântica ;)

Uma coisa que me fez alguma confusão foi as cenas que mostraram a forma como o Megatron se conseguiu salvar, mostrando o derretimento das calotas polares e os efeitos do aquecimento central no planeta, duma forma acelerada mas que estará muito perto duma realidade que não está assim tão distante como isso. Complicado e sério este assunto que eles aqui abordaram duma forma logicamente muito aligeirada porque no fundo era apenas um pormenor, para o desenrolar de todo o filme.

E esta é a história, quando Megatron fica finalmente livre, começa a luta entre os “bons” e os “maus”, numa guerra sem limites que quase causa a destruição do planeta. As forças militares acabam por ser também envolvidas e depois da quase total destruição da cidade, Optimus Prime consegue vencer Megatron e levar o cubo para um sítio seguro onde não possa ser utilizado a favor da maldade e destruição da vida humana e biológica. Sam e Mikaela acabam por ter um papel bastante activo na resolução do problema, até porque ela é filha de um mecânico com cadastro especialista em carros roubados e ela aprendeu muito com o pai, o que vai acabar por ser útil no desenrolar da história e como seria de esperar acabam apaixonados. Outro facto engraçado é que com tanta violência, tanta explosão, tanto prédio destruído, estradas levantadas, pontes desfeitas, não se vê um único morto ou ferido na rua, não há baixas entre as tropas, civis ou seja quem for.... e vivam os computadores e os efeitos especiais...

13.8.07

Como água para Chocolate




Culinária e amor... uma combinação explosiva...

Um excelente livro de Laura Esquivel, para mim o melhor dela que li até agora. A escritora tem o dom de conseguir misturar a culinária com o amor, conferindo-lhe um certo misticismo. A história fala de uma familia de tradições antigas em que a filha mais nova não pode casar porque tem que tratar da mãe na velhice, impedindo-a assim de viver um grande amor... situação ainda agravada por esse amor ser impelido a casar com a irmã mais velha e ficarem a viver na mesma casa.

Tita, a principal personagem desta história transfere então o seu grande amor por Pedro para a culinária, onde nos envolve também a nós leitores, de uma forma apaixonada em que quase sentimos também o paladar das deliciosas iguarias que ela prepara e que nos vai transmitindo simultaneamente as fantásticas receitas que lhe foram ensinadas através das gerações. O seu humor é o humor de todos os que comem a sua comida... este livro tem qualquer coisa de mágico. E muito de delicioso...

O filme é um clássico a preto e branco, espanhol, que eu tenho em VHS mas que apesar disso não me desfaço dele, consegue transcrever o livro em pleno, eu que normalmente nunca gosto de filmes que já tenha lido o livro, adorei este filme, parece que o realizador o leu com os meus olhos e o imaginou com a minha cabeça.

4.8.07

Die Hard 4


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Durante muito tempo pensei que fosse uma trilogia, agora verifico que é uma tetralogia e nunca se sabe se ficará por aqui...

No primeiro filme (Assalto ao Arranha Céus) tomamos contacto com o detective John McClane de NY, que tem problemas conjugais devido à sua profissão de detective que lhe deixa pouco tempo livre e que o obriga a estar constantemente a faltar a compromissos familiares. Nesse ano, a sua mulher acabou por assumir um lugar de responsabilidade em Los Angeles o que acabou por separá-los. John decide passar esse Natal com os seus filhos que já não vem há algum tempo e voa até LA. Quando chega à Empresa da sua mulher, onde está a ter lugar a festa de Natal, enquanto espera que ela acaba, a Empresa é tomada por um grupo de terroristas liderado por Hans Gruber, um famoso terrorista que pretendem levar a cabo um roubo de uma enorme fortuna em títulos da Empresa. Como ninguém sabe da sua existência dentro do edifício, ele é a única esperança de salvação de todos aqueles reféns...

No segundo filme (Assalto ao Aeroporto) repete-se um pouco a história... É véspera de Natal em Nova Iorque, e John McClane vai ao aeroporto buscar a sua mulher que desta vez é ela quem vem ter com ele. A neve é muita, o mau tempo também, e uma equipa de terroristas toma controlo do aeroporto , mantendo todos os passageiros de terra assim como todos os que vêm num determinado avião, reféns. Os terroristas, um grupo renegado de uma antiga unidade de Comandos liderados pelo oficial assassino, vieram salvar um Senhor da Droga da Justiça. Eles prepararam-se para todas as contingências, excepto uma: John McClane, um polícia de folga, que para seu azar estava por perto.

No terceiro filme (Assalto ao Forte Knox) ou (A Vingança) assiste-se à decadência de McClane, que depois de ter sido posto de lado por todos os seus colegas, ao ter acusado um primo seu também polícia de ter morto o seu pai (um oficial muito condecorado) e separado também definitivamente da sua família, é agora uma “ratazana” como é chamada a Guarda Costeira. Vive num barco e passa a maior parte do dia bêbado.

No primeiro filme, McClane mata um terrorista alemão chamado Hans Gruber. Agora, Simon, o seu irmão, além de matar todas as mulheres com quem John tem ou teve um relacionamento amoroso, querer roubar todas as reservas de ouro nacional, ameaça ainda detonar bombas na baixa de Manhattan se o antigo detective não aceder a entrar num jogo de "Simon Says". Ao satisfazer um dos seus pedidos de se passear num Bairro de Harlem com um cartaz que diz “odeio pretos”, é ajudado por um negro, dono de uma loja e os dois acabam por se ver envolvidos num jogo de gato e rato que se transforma numa autêntica corrida contra o tempo para tentar evitar uma catástrofe. Mas McClane apesar de tudo, ainda não tinha perdido o jeito.

Agora o quarto filme...

Passados doze anos McClane está mais velho, completamente careca, divorciado e de novo no activo. Desta vez a acção não se limita a uma cidade, um edifício ou um Aeroporto... estes terroristas dos tempos modernos estão decididos a mostrar aos EUA que são frágeis e vulneráveis e que estão completamente dependentes da tecnologia.

Um grupo de cyberterroristas liderados por um expert em Informática que em tempos trabalhou para o governo Americano e os avisou que estavam vulneráveis a um ataque deste género, tendo sido desacreditado e afastado, decide mostrar que ele tinha razão e planeia uma série de ataques informáticos a todas as infra-estruturas computorizadas, criando um black-out total para o dia 4 de Julho em que tudo o que é comandado digitalmente (agua, electricidade, telecomunicações, etc...) fica desgovernado e à mercê da sua vontade.

Para garantir a eficácia do seu ataque ele liquida todos os importantes “hackers” conhecidos pelo FBI que possam impedi-lo de levar a cabo os seus intentos. Mas quando apenas lhe falta Matt Farrell, o que ele não conta é que um detective da velha guarda tinha sido encarregue de o ir buscar para o levar em segurança até à sede do FBI para ser interrogado acerca do que se está a passar, e por acaso até acontece que ele sabe meia dúzia de coisas acerca de como impedir terroristas de terem sucesso.

Assim McClane que está furioso de ter sido chamado para uma missão tão sem graça, acaba por salvar a vida de Farrell e na volta para Washington assiste-se a uma perseguição aos dois pela parte dos terroristas em que ao bom velho estilo de Bruce Willis, à mistura com um humor muito próprio ele destrói tudo à sua volta, carros, casas, pontes, e vamos ver John MacClane no seu melhor, ainda com uma forma física de fazer inveja a combater cyberterroristas a tiro.... Farrell vai muito bem no seu papel de adolescente apenas viciado em computadores com uma vidinha normal e rotineira que se vê metido na maior aventura da sua vida.

A “luta” dum camião TIR com um F-35 (avião) em pleno viaduto à entrada da cidade, está magnifica, assim como a destruição dum helicóptero com um carro que ele consegue mandar pelo ar e que com o seu ar “malandro” de sempre justifica que teve de o fazer porque lhe tinham acabado as balas... e no fim e como sempre ele fica todo rasgado, ferido cheio de cortes e mazelas... e tal como tem acontecido em todos os anteriores filmes ele nunca esquece de contemplar “os maus” com uns “yiippee-ky-yey motherfucker” antes do ataque final...

Para mim este filme esteve tão bom como o primeiro que foi o meu preferido mas bem adaptado à actualidade, embora McClane continue a mostrar que é um duro com um coração de manteiga que põe a sua família acima de tudo. No mesmo alinhamento, enquanto que nos dois primeiros filmes foi a sua mulher que esteve em perigo e no terceiro esteve toda a gente que se relacionasse com ele, neste quarto filme é a sua filha adolescente que acaba por ser raptada pelos terroristas. E a partir daí, deixou de ser uma missão... passou a ser pessoal.

18.7.07

Shrek 3

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Mais uma história de Shrek... para mim apesar de ter achado um bom filme e de ter gostado, também achei o mais entediante dos três... não é que não me tenha rido com gosto, não é que não tenha delirado com a voz do burro e com o gato das botas... mas tenho vindo a gostar menos de cada um que aparece mais...

O primeiro foi aquele espectáculo que deixou toda a gente encantada... o ogre solitário que vive num pântano e que de repente vê o seu sossego completamente devassado por toda a espécie de animais que foram expulsos do reino de Lord Farquaad, incluindo um burro que decide adoptá-lo (ou ser adoptado por ele) completamente louco e completamente hilariante...

Pensando que conseguiria a sua tranquilidade de volta, Shrek faz um acordo com Farquaad comprometendo-se a ir buscar uma bela princesa presa num castelo guardado por um dragão terrivel, em troca dele deixar toda a bicharada retornar as suas casas. O burro não descola dele seguindo-o por toda a jornada, acabando por se tornarem amigos à força. Acaba apaixonado pela princesa que afinal tinha sido amaldiçoada em bebé e que é uma linda jovem de dia e um ogre de noite... Hilariante... espectacular filme de animação.

Depois, o segundo filme em que Shrek e Fiona já casados e a viverem felizes no pântano junto com o burro que não os larga nem por nada... recebem um convite dos pais da princesa para os visitarem no palácio. Só que o Rei Harold é entretanto visitado pela Fada Madrinha de Fiona, a quem o Rei tinha prometido a filha para casar com o seu filho “O Príncipe Charmoso”... lindo e metrosexual, lol

Ameaçado pela fada malvada, ela contrata um assassino profissional para os separar... o gato das Botas e este é praticamente o personagem mais importante do segundo filme, que entra com ares de grande matador e acaba a ronronar e a fazer parte do clã do pântano... as cenas com o gato e o burro são realmente divertidissimas mas o filme na parte final na minha opinião já se começa a tornar um bocadito maçador... já estava um bocadinho farta da fada madrinha e do seu filho vaidoso e convencido.

Neste terceiro filme, Shrek e Fiona que continuam a viver em paz e felicidade no seu pântano, agora com o burro e o gato das botas como companheiros, são chamados de urgência ao Reino “Bué bué longe” onde vivem os Reis seus sogros, porque o Rei que no final do segundo filme tinha sido transformado em sapo, adoece e deixa de falar para começar a coaxar, sendo impossivel continuar a reinar nestas condições... quando lá chegam o reis está realmente mal e acaba por morrer. Mas no leito de morte, diz a Shrek que ele vai ter que continuar a reinar no seu lugar... coisa que ele declina de imediato porque nem lhe passa pela cabeça que os subditos queiram um ogre a reinar... nem ele quer ficar por ali vestido com fatos apertados e cabeleiras empoadas...

Mas as hipoteses não são muitas, apenas existe Artur, um primo da princesa Fiona que vive numa Faculdade onde se diverte com uma vida calma e descontraída... só que Shrek acha essa possibilidade a sua unica salvação e lá vai ele com os seus amigos Burro e Gato das botas a procura de Artie.... No cais de onde o seu barco parte, o dragão fêmea despede-se do seu marido Burro rodeada pelos seus filhotes meio dragburros ou burrgões , ehehehehe e Fiona já com o barco em movimento grita para Shrek que ele vai ser pai... o que lhe parece verdadeiramente assustador e assombra os seus sonhos durante toda a viagem...

Enquanto Shrek parte para ir buscar Artur, o filho da Fada Madrinha, “O Principe Charmoso” faz um acordo com a Bruxa Má, o Capitão Gancho e o Cavaleiro sem cabeça e volta ao reino bué bué longe para reclamar o reino que ele acha que é seu por direito. E vem disposto a tudo para que nada nem ninguém possa interferir nos seus planos. E assim a princesa que se encontra a tomar chá e a falar da sua gravidez e futuro bebé com a sua mãe e as suas amigas, Rapunzel, Branca de Neve, Cinderela, uma das suas irmãs feias e Bela Adormecida, são feitas prisioneiras numa torre do Castelo.

E pronto, Shrek tem que convencer Artur que vive numa faculdade em que as miúdas se pintam e vestem escandalosamente e os "pintas" fumam charros encostados às paredes que tem que largar a boa vida que leva para ir ser Rei do Reino bué bué longe, coisa que ele não está minimamente interessado. Com alguma persuação e uns calduços na cabeça Artur lá vai sendo levando de regresso... com uma paragem em casa do Mago Merlin, professor da faculdade que está "com baixa" por ter tido um esgotamente nervoso... (esta parte para mim está demasiado longa e cansativa...)

A parte mais hilariante de todo o filme para mim é quando o Merlin se engana num feitiço e o Gato e o Burro trocam de personalidades... ver o Burro a falar com a voz de Banderas e o Gato com a de Eddie Murphy, junto com as piadas que eles fazem a eles próprios ainda me arrancou algumas gargalhadas...

Entretanto no reino as mulheres decidem mostrar o que valem e apesar da Bela Adormecida andar sempre a cair pelos cantos cheia de sono e da Branca de Neve ter um mau feitio que ninguém atura, conseguem dar conta do recado... a mãe de Fiona revela-se uma verdadeira guerreira e depois de partir as paredes do castelo à cabeçada sai par o exterior a saltitar e a cantarolar o tema do Música no Coração...

Demasiada gente para o meu gosto, todas estas princesas, la vêm de volta os 3 ratos cegos, os 3 porquinhos, o Gengibre Man, o Pinóquio e já nem me lembro mais quem... e no final encontram-se todos em palco, num peça de teatro que o Principe Charmoso insiste em protagonizar, mais o Capitão Gancho, a Bruxa Má, etc etc etc...

O Principe é vencido, Artur é coroado Rei e Fiona e Shrek voltam para a sua cabana, para terminarem o filme algum tempo depois rodeados de pequenos ogres cada um mais pestinha que o outro... engraçado sim... mas muito bom???? Para mim não !!!!!

5.7.07

Ocean's 13

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O filme original “Ocean’s 11” é de 1960, com Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford, Joey Bishop, Lauren Bacall e Judy Garland como nomes mais sonantes. A história é a mesma embora o final seja algo diferente. Quase 40 anos depois voltam a filmar a história mantendo a ideia original de reunir grandes actores da actualidade e assim se juntam George Clooney, escolhido como o novo Danny Ocean e Brad Pitt, Julia Roberts, Andy Garcia, Matt Damon, Don Cheadle e Bernie Mac nos outros papéis.

No primeiro filme, este grupo reúne-se para assaltar cinco casinos pertencentes a um único dono Terry Benedict (Andy Garcia) que está a viver com a ex-mulher de Danny Ocean. Ele esteve preso e durante esse período a mulher enviou-lhe os papéis para o divorcio e juntou-se com Terry. Como vingança, ele reúne um grupo de “bandidos” cada um bom na sua área de actuação e levam o seu projecto por diante.

Muito bem arquitectado o plano resulta em cheio e apesar de Terry saber que foram eles que cometeram o assalto não tem como os acusar legalmente. Perde ainda a mulher que volta para Danny. Como o filme voltou a ser um sucesso, obviamente vieram as sequelas, “Ocean’s 12” em 2004 acrescentando ao elenco Catherine Zeta-Jones e Vincent Cassel, que na minha opinião foi um filme inferior ao primeiro.

No segundo filme, Terry Benedict consegue localiza-los a todos apesar de se terem dispersado e mudado de identidades e exige o seu dinheiro de volta. Nunca percebi muito bem porque é que eles tão submissamente concordaram em devolvê-lo, mas o que é facto é que o fazem.

Como já não têm o dinheiro na sua totalidade, têm que preparar uns assaltos suplementares para conseguir reunir o montante todo. Zeta Jones é uma detective da polícia que por coincidência também é amante de Rusty (Brad Pitt), e que sem saber com quem está metida, tem como missão principal procurar o grupo. Quando descobre, isso obriga a umas perseguições de gato e rato que são para mim as melhores partes da história.

A história situa-se na Europa e o grupo dos Onze não é tão bem sucedido como da primeira vez. Simultaneamente um ladrão de alto gabarito parece estar decidido a tirar-lhes os louros e em cada assalto que eles se metem, o outro chega primeiro. Acabam por conseguir resolver a situação de forma a enganar Terry, ficando a sua missão como tendo sido bem sucedida apesar de não terem tido de devolver dinheiro nenhum. O famoso e arrogante ladrão também acaba por ser enganado por eles e perde o seu prestígio como sendo o melhor.

E três anos depois surge, o terceiro e espero que ultimo filme, "Ocean’s 13" porque acho que o assunto começa a ficar esgotado e cansado. Julia Roberts e Zeta Jones não entram neste filme e para compensar, vieram Ellen Barkin e Al Pacino. Desta vez o móbil é de novo a vingança e o alvo o dono de a maior cadeia de casinos da América.


A História:

Reuben Tishkoff (Elliott Gould), mentor de Danny e Rusty, e pertencente ao grupo desde o inicio, resolve cometer um erro ao entrar em Sociedade com Will Banks (Al Pacino) na construção dum sumptuoso casino em Las Vegas. Banks é conhecido como sendo desonesto na sua forma de negociar e mais uma vez isso se comprova quando a alguns meses da inauguração Tishkoff se vê afastado do negócio à força sem direito a um único cêntimo. Tem um ataque cardíaco e é internado num Hospital.

Danny Ocean tenta primeiro a via da conversa com Banks para que ela restitua a Tishkoff o que é seu, mas não tem qualquer aceitação por parte deste que nem pouco mais ou menos está disposto a devolver a parte que não lhe pertence. Assim sendo, Ocean reúne a antiga equipa para prepararem um golpe que desta vez tem como única finalidade, a vingança. Não pretendem roubar dinheiro, mas sim levar Banks à falência.

E então os velhos amigos reúnem-se e com a ajuda de alguns infiltrados, devidamente chantageados, ou com promessas de recompensas, e dumas brocas industriais eles planeiam um golpe que pretende que no dia da inauguração Banks fique logo arruinado. Contam com a colaboração de um antigo inimigo, Terry Benedict (Andy Garcia), deles e de Banks, que também está interessado em ajustar contas com o rival, eles engendram um esquema para levar à bancarrota o casino na noite da inauguração.


O desenvolvimento.... que contém o final!!



Então como sempre numa base perfeitamente inverosímil, eles alteram maquinas, viciam roletas, adulteram dados de Poker, de forma a que na sequência dum “suposto” tremor de terra todas as maquinas de repente começam a pagar Jackpots, a dar prémios duma forma completamente louca. É suposto também estar um especialista em ética, conforto, atendimento que irá atribuir o prémio de Melhor Hotel e melhor Casino de Las Vegas.... o coitado é tratado de forma exemplar.... mas pela negativa.

Depois de muita peripécia como é costume, muitas cenas com algum humor e muita confusão, eles acabam por conseguir os seus intentos.... o Hotel/Casino fica praticamente destruído, o prémio obviamente não lhes é entregue e ainda conseguem roubar os Diamantes que Banks tem vindo a ganhar ano após ano como prémio pelos 1ºos lugares que os seus empreendimentos têm conseguido. No meio disto tudo e “porque são todos iguais”, os Onze do Oceano tentam enganar Terry Benedict que também está pelo seu lado a tentar enganá-los a eles com a ajuda do tal ladrão do segundo filme que quer vingar-se da humilhação que eles lhe fizeram passar.... Ladrão que engana a ladrão....

Muita confusão???? Talvez.... mas este terceiro filme vale a pena ser visto, está bem pensado, bem produzido e bem conseguido. Na minha modesta opinião claro. Eventualmente o melhor dos três...


28.6.07

Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado







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Este filme do Quarteto Fantástico não é bem uma sequela, é mais um segundo episódio, mas não deixa de haver alguma continuidade da história anterior.

No primeiro filme assistimos ao “aparecimento” dos poderes do grupo. 5 cientistas partem numa nave espacial com a missão de explorar os mistérios da nossa origem, mas a estação espacial em que se encontram é atingida por uma explosão de partículas radioactivas, alterando-lhes o ADN, facto que eles não percebem de imediato mas que a pouco e pouco se vai revelando.

Reed, o cientista encarregue do projecto fica com o corpo como se fosse de borracha, Sue fica com a capacidade de se tornar invisível e de criar campos de força, o seu irmão Johnny, piloto da expedição ganha a capacidade de aumentar o calor do seu corpo até ficar completamente em chamas e Ben que estava no exterior da nave a reparar uma avaria é o que é mais afectado pela tempestade radioactiva e fica transformado permanentemente em pedra e com uma força sobre humana.

O quinto cientista que entretanto tinha cortado relações com os outros em função da sua desmesurada ambição, ganha a capacidade de transformar o seu corpo em metal e vem a transformar-se no Dr. Doom (Dr. Destino), aumentando ainda mais a sua sede de poder, transformando-o num ser mau e destruidor que ameaça a Terra e vai ser a principal missão do Quarteto Fantástico - como passam a ser chamados pela população e media.

O que eu gosto nestes Super Heróis que sempre foram dos meus preferidos é o facto de não viverem com dupla vida, não passam a vida a vestirem-se e despirem dentro duma cabine telefónica, não rasgam roupas nos becos... são sempre eles com os seus poderes e com tudo o que lhes traz de bom e de mau (principalmente) na sua vida privada, que praticamente é inexistente.

Neste segundo filme, a história começa mostrando os preparativos para a quinta tentativa de casamento entre Sue e Reed que entretanto se tinham apaixonado no final do primeiro filme. E mais uma vez começam os problemas à medida que a data se aproxima. O governo americano pede ajuda a Reed para tentar perceber o que poderão ser as violentas perturbações cósmicas que têm vindo a afectar o planeta e Sue exige-lhe que desta vez ele não se meta em nada que possa afectar o casamento.

Mas Reed não consegue ficar parado e acaba por construir um aparelho que detecta as perturbações. No dia do casamento no meio de grande mediatismo e medidas de segurança o casamento tem inicio. Quando o padre tenta finalizar a cerimónia o aparelho começa a apitar para grande irritação de Sue que lhe pede que o desligue, mas já não há tempo para mais nada... um tremor de terra enorme começa a destruir tudo à volta deles e um ser prateado passa por eles a uma velocidade estonteante.

Johnny com muita pena do seu fato de “marca”... incendeia-se e parte em sua perseguição. Com muita volta, reviravolta, quedas, embates e “fintas” o Surfista Prateado como irá ser conhecido vence o Tocha que fica enfraquecido e atordoado. Depois do contacto com o Surfista, Johnny parece ter perdido os seus poderes. Mas quando a sua irmã o vê em queda pela janela e corre ao seu encontro, ao tocar-lhe incendeia-se enquanto que Johnny fica invisível. Qualquer coisa aconteceu naquele encontro que fez com que os elementos do Quarteto sempre que tocam em Johnny trocam de poderes com ele.

E quem conhece as histórias em quadradinhos sabe quem é o Surfista Prateado... o arauto intergaláctico de Galactus, o devorador de planetas, que antecede sempre a chegada do seu “mestre” para preparar os planetas para a destruição. Só que ainda vai haver outro problema, o Dr. Doom que supostamente está fechado num túmulo inviolável, com as perturbações cósmicas, regressa a vida e consegue libertar-se do seu cárcere.

A partir daí e de novo no activo ele tenta perceber e controlar o Surfista, de forma que o Quarteto Fantástico vê-se a braços com 3 inimigos perigosos e mortais, ainda por cima porque Doom consegue enganar o Governo e fingir que está do lado deles para deter o alienígena. Quando conseguem capturar o Surfista, apercebem-se que afinal ele não é mau, ele vê-se obrigado a colaborar com Galactus em troca deste poupar o seu planeta onde vive a sua familia e a sua mulher. E por seu lado ele começa a perceber que os humanos são bastante parecidos com o povo do seu planeta Zeen-La e que também não é justo tirar-lhes a vida.

Assim rebela-se contra o seu “mestre” e impede-o de destruir a terra. Como vingança, Galactus parte, mas cria uma espécie de campo energético que o impede de deixar a órbita da Terra e regressar ao seu planeta e à sua mulher Shaala-Bal. E é assim que termina este episódio que tem tudo para continuar num terceiro filme. Sem grandes historias, sem lições de moral, sem grandes interpretações mas muito divertido.

21.6.07

Piratas das Caraíbas 3

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Este ano parece ser o ano das sequelas... parece não, é mesmo e lá fui eu ver o Pirata das Caraíbas 3. Não estava especialmente empolgada porque o dois deixou-me com uma sensação de.... nem sei quê. Não gostei do Davy Jones, não gostei do coração dentro do cofre e não gostei da fotografia e cor do segundo filme. Por acaso depois de ver o terceiro as peças encaixaram-se e consegui gostar mais do segundo depois de ver o terceiro.

De qualquer forma o primeiro sim, achei muito engraçado, uma divertida sátira aos filmes de piratas, com todos os personagens clássicos, fosse o pirata da perna de pau, fosse o da pala no olho ou o do papagaio ao ombro. E Johnny Depp como Jack Sparrow, numa interpretação que considerei extraordinária. Na minha opinião digna mesmo de um Oscar. No primeiro ele é sem margem para dúvida o personagem principal e central da história e tudo gira em torno dele o que já não acontece tanto nos outros dois filmes.

O segundo já foi muito rebuscado, muito virado para os efeitos especiais. A historia do primeiro, apesar de permitir uma sequela tinha um principio, meio e fim. Para este segundo arranjaram um argumento que obrigava mesmo a um terceiro filme, aliás eles foram filmados em simultâneo, o segundo e o terceiro. A história é a de um pirata, que rejeitado pela mulher que amava decidiu retirar o seu coração do peito e guarda-lo num cofre. Só que se transforma em morto vivo, a comandar um barco tripulado por mortos vivos todos sujeitos a uma mesma maldição. Como tudo está relacionado com o coração encerrado, quem tiver o coração tem o controle dos acontecimentos. Sparrow ao tentar roubar o coração é apanhado pelo monstro marinho Kraken (controlado por Davy Jones) e supostamente morre. Mas “Tia Dalma” uma mulher mística e com poderes mágicos diz saber como ressuscitá-lo dos mortos desde que todos estejam dispostos a arriscar a própria vida. E para ajudar nessa missão, ela traz de volta o Capitão Barbossa, morto no primeiro filme. Este é um resumo do segundo filme...

E é também este o inicio da “história” do terceiro filme. Salvar Jack Sparrow, que se encontra encerrado dentro do cofre de Davy Jones. Mas no desenvolvimento das várias peripécias que se vão desenvolvendo todos acabam por ter um motivo pessoal para quererem o coração, também Elizabeth quer o coração para salvar o noivo Will Turner que por sua vez quer o coração para salvar o seu pai, o Almirante Norrington caído em desgraça e obrigado a ingressar num navio pirata para sobreviver também quer o coração para poder voltar a ter o seu lugar na Real companhia das Indias e o pérfido Lorde Cutler Beckett quer o coração para conseguir controlar os mares e liquidar os piratas do Holandês Voador, o navio que transporta os piratas meio homens, meio peixes, meio mortos, etc etc etc

Há uma primeira parte digamos assim, em que a tripulação parte no Pérola Negra para salvar Jack Sparrow. Simultaneamente vamos vendo imagens de Jack “dentro” do cofre em que parece mais louco ainda do que já é desmultiplicando-se em diversos Jacks, sendo eles o capitão, o imediato, o marinheiro, etc etc etc, aqui fiquei na dúvida se gostei ou não gostei, mas acho que não gostei muito, são umas cenas um bocado estranhas, como se se passassem dentro dum “limbo” em que tudo é possível, mas de uma forma um bocado exagerada e demasiado “comprida”, roçando o chato.

Para chegarem ao “fim do mundo” onde Sparrow se encontra, eles precisam de primeiro ir a Singapura buscar os mapas que lhes darão as coordenadas para lá chegarem. Esses mapas estão à guarda do capitão Sao Fend, um asiático enorme que não lhes facilita a vida, mas lá conseguem chegar a um acordo, visto que também há necessidade de se reunirem os “Nove Lordes da Corte da Irmandade”, que é uma espécie de Elite de líderes de piratas e malfeitores, para juntos arquitectarem uma vingança contra Beckett, que não tem cumprido nenhum dos acordos que fez com eles. Acontece que o capitão Jack Sparrow é um dos lordes e está preso ao baú de Davy Jones, por isso com alguma facilidade obtêm ajuda, porque todos têm que estar presentes na reunião.


O desfecho.... contém o final!!


A segunda parte é o desfecho da saga em que todas as situações que acontecem no primeiro e segundo filmes têm a sua resolução.

Quando se aproximam do fim do mundo e segundo as indicações do mapa, têm que esperar por um por de sol verde, em que o barco se vira ao contrário e é nessa posição que chegam a terra. Sparrow mais louco que nunca vem das dunas de areia a bordo dum barco transportado em cima de caranguejos. Depois de Jack ser salvo partem com destino ao encontro dos Lordes, havendo ainda de permeio uma luta com o Holandês Voador, em que conseguem destruir o monstro marinho Kraken e prender Davy Jones, além de também lhe roubarem o cofre que esconde o seu coração.

Esclarece-se a verdade sobre o coração encarcerado, sabe-se que afinal o grande amor de Davy Jones é a Tia Dalma, que na verdade é a Deusa Calypso, que lhe prometeu amor e o traiu, embora eu ache que a historia deles está muito mal contada, para um coração que fez parte dos dois filmes duma forma tão preponderante, devia ter sido mais bem explicada esta parte. Davy Jones acaba por morrer e com ele todos os piratas que o acompanhavam.

Turner e Elizabeth não ficam juntos no final, porque em troca de salvar o pai, ele tem que dar o seu coração em troca do de Davy Jones e assim conforme dita a maldição, tem que ficar no Holandês Voador no lugar do seu anterior comandante, só podendo vir a terra de 10 em 10 anos por um dia. Ela aceita e decide esperar por ele.

Depois de tudo acabado o Pérola negra tem outra vez dois comandantes, Sparrow e Barbossa... e mais uma vez Barbossa fica com o navio e com a tripulação que se sente mais segura longe de Jack.

Jack Sparrow acaba este filme da mesma forma que começou o primeiro. Sozinho, sem barco e sem tripulação. É como que um encerrar duma saga, uma trilogia que chega ao fim mas que pode dar aso a novas histórias.

Curiosidades

Na reunião dos “Nove Lordes”, aparece um décimo pirata, uma figura que representa mais ou menos o guardião da “Biblia” dos piratas, o Capitão Teague, um personagem muito especial. Trata-se de uma aparição pequena, mas significativa, que não será grande surpresa para quem acompanhou as notícias da produção do filme. É uma justa homenagem dos criadores da trilogia ao músico Keith Richards, da banda Rolling Stones já que foi nele que Deep se inspirou para criar o maravilhoso personagem que sustenta a saga, de forma que no filme acaba por ser revelado duma forma subtil mas inequívoca, que ele é o pai do pirata Jack Sparrow.

11.6.07

Zodiac




Levei imenso tempo primeiro que me decidisse a escrever sobre este filme porque sinceramente não me apetecia... e contrariamente ao que é meu costume vou falar pouco sobre ele. Tinha muitas expectativas neste filme porque conhecia a história, que é verdadeira e achava que tinha tudo para ser um bom thriller.

Não me prendeu! Cheguei até a ter sono na segunda parte do filme... Duas horas e quarenta minutos de filme. Eu acho que se poderia ter resolvido tudo em metade do tempo. A história passa-se durante os anos 70 e até ao final do filme passam cerca de 12 anos, sinceramente não se nota nem nas roupas, nem nos penteados... a única coisa que nos vão dando para vermos o passar dos anos é a construção acelerada da Transamerica Pyramid.

A história tem o seu início em 1969, quando três jornais de S. Francisco recebem três cartas em código todas enviadas pela mesma pessoa. O autor que se assina “Zodíaco” revela em cada uma das cartas pormenores sobre homicídios que ocorreram há pouco tempo e diz que se os jornais não publicarem as cartas nas primeiras páginas das suas edições no dia seguinte, que os homicídios continuarão.

Os jornais decidem publicar mas em páginas interiores do jornal. E tal como ele prometeu as mortes continuaram assim como as cartas em cifra e cheias de pistas falsas. Chegou nesta altura até a haver recolher obrigatório na zona. O que mais dificuldades criou à policia que fez com que o criminoso nunca fosse descoberto foi o facto dele não seguir um padrão. Não havia comportamentos idênticos de uma morte para a outra de forma a que nem sequer há a certeza se os 37 crimes que ele alega como seus o seriam na realidade ou se ele apenas os reivindicava como forma de chamar a atenção sobre si. O seu maior interesse parecia ser confundir as autoridades e mostrar como era inteligente.

O caso é seguido por dois detectives, um repórter de investigação de um dos jornais (Chronicle) e um Cartoonista que trabalha também no jornal e que como tem como hobby decifrar códigos e puzzles acaba por se interessar muito pelo caso e é a pessoa que chega a estar o mais perto de solucionar o caso e identificar o criminoso. Só não o consegue mesmo porque ele (o presumível assassino) morre de ataque cardíaco acabando por ficar assim sem solução. Este cartoonista de seu nome Graysmith é o autor do livro que deu origem a este filme e por isso o mais próximo da realidade dos três filmes que já se fizeram anteriormente.

Por outro lado também acaba por pecar porque o filme é suposto mostrar a caça ao homem pela policia e jornalistas, a obsessão que acaba por destruir algumas das vidas destes homens ao mesmo tempo que se vai acompanhando os vários homicídios e as pistas deixadas pelo Zodíaco, mas na segunda metade (bem medida) do filme acabamos por seguir só a vida e a pesquisa de Graysmith e mais nada, tudo o resto passa a ser demasiado secundário num caso que foi o mais importante caso que ficou por resolver em S. Francisco e praticamente em toda a América e que deu conta da cabeça da polícia da altura.


31.5.07

Ruptura



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Um filme com Anthony Hopkins é sempre sinónimo de bom filme... embora por duas vezes já tenha ficado meio decepcionada, não com a sua performance mas com a história em si, mas não foi o caso desta vez. Acho que este homem tem um quê de misterioso, de perigoso....os olhos dele parece que lêem a alma das pessoas.... uma calculista frieza que nos deixa pasmados... excelente actor mesmo....

A História:

Ted é um engenheiro de estruturas que tem como Hobby construir as complexas engenhocas de “Rube Goldberg”, é um homem meticuloso que não deixa nunca nada ao acaso e é esse o principal mote do filme... não descurar nenhum pormenor da sua vingança. Ele descobre que a mulher o anda a trair com um detective da Policia de NY. Jeniffer e Rob encontram-se num hotel há vários meses registando-se sob o nome de Mr. And Mrs. Smith e nenhum sabe rigorosamente mais nada sobre a vida do outro.

Um dia, Ted decide pôr em prática o plano que anda a arquitectar há algum tempo. Primeiro vai ao Hotel num dia em que eles lá estão para verificar com os seus próprios olhos. Depois escolhe um dia em que o detective esteja de serviço, espera que a mulher chegue a casa e friamente e olhos nos olhos dá-lhe um tiro na cabeça. Telefona para a esquadra e diz que acabou de matar a mulher. Aguarda a chegada da policia barricado em casa, e apenas permite que o detective Rob entre em casa.

Quando o detective entra em casa fica de tal forma abalado por reconhecer na vitima a sua amante que nem presta atenção a mais nada. Calmamente Ted confessa-lhe o crime sem sequer hesitar. Ao descobrir que ela não está morta, a sua principal preocupação é providenciar o seu transporte para o Hospital, deter o marido e fazer questão absoluta de estar presente no interrogatório para perceber o porquê daquele crime. A seguir ao interrogatório Ted assina a sua confissão e é detido para julgamento.

Na audiência preliminar o caso é entregue a um promotor público que nunca perdeu um caso. Willy Beachum que está de saída para um escritório particular de advogados, onde irá integrar uma das melhores e mais bem pagas equipas de advogados de NY. Ele não quer pegar em mais nenhum caso porque tem que abandonar rapidamente o cargo, mas ao aperceber-se da simplicidade do caso, um homicídio passional com a arma do crime retirada da mão do criminoso e uma confissão verbal e outra escrita, acha não é nada que ele não possa despachar ainda antes de ir embora.

O desfecho.... contém o final!!



A partir daqui desenrola-se a historia e a forma como eu a irei descrever acaba por implicar que conte o final.

Só que o caso não é tão fácil como parece... e tudo foi pensado ao pormenor por Ted. A mulher não está morta porque ele assim o quis... ela permanece em coma no Hospital. Ele atingiu-a sabendo milimetricamente o sitio e o músculo que deveria atingir para que ela não morresse mas ficasse inconsciente e impossibilitada de o acusar.

Anthony Hopkins no seu melhor... com o seu ar circunspecto, constrói uma trama cheia de jogos mentais, recusa ser representado por um advogado e joga com o que o detective e o advogado têm de melhor e de pior, orgulho, ganância, arrebatamento... o seu plano é conseguir baralhar de tal forma o Tribunal, criando um labirinto tão complexo, que a quantidade de provas inconclusivas acaba por impossibilitar a sua condenação.

O golpe final é dado quando ele em pleno Tribunal e como estratégia de defesa pergunta se não servirá como atenuante o facto do detective encarregue da sua detenção e presente na sua confissão ser amante da sua mulher... isto vem dar uma volta de 180 graus na história, a arma do crime não chegou a ser encontrada apesar dele nunca ter saído de casa, a arma que ele tinha na mão nunca tinha sido disparada e ele alega que nunca confessou verbalmente o crime ao detective, e que foi coagido por este a confessar o crime por escrito e a assinar.

Desta forma acaba por ser ilibado e sai em liberdade... e o detective ao descer as escadas do Tribunal e depois de perceber o sarilho em que está metido dá um tiro na cabeça... a 1ª parte da vingança estava concluída.

Mas sobra Beachum que nunca perdeu um caso e que não consegue perceber como é que este lhe está a fugir por entre os dedos... ainda por cima porque das vezes que visitou Ted ele deixou-lhe bem claro que estava a brincar com ele e que fizesse ele o que fizesse nunca o iria conseguir apanhar. Só que isso não agrada ao advogado, mas o tempo está a passar e ele tem o seu lugar no outro lado por um fio... ou sai e considera-se derrotado neste caso, ou decide fazer justiça e põe a sua carreira em risco.

Mas apesar de ambicioso Beachum tem valores morais e éticos com que Ted não estava a contar e decide não desistir enquanto não conseguisse condená-lo. Desta forma ele decide provar que mesmo num crime aparentemente perfeito tem de haver uma “ruptura”, e se há, ele vai encontrá-la. Abandona o seu lugar no Ministério Público de onde se tinha já despedido e perde o seu novo emprego, mas não desiste. Já com Ted em liberdade, ele fica a saber que no estado em que a mulher está, ele tem o direito de decidir se ela continua ou não naquele estado vegetativo e ligada à maquina.

Tenta fazer tudo para o impedir de poder tomar uma decisão mas quando finalmente consegue uma ordem do Tribunal para impugnar o acto, chega tarde demais... as máquinas já tinham sido desligadas, Jennifer está morta duma forma em que ninguém lhe pode tocar. A 2ª parte da vingança foi concluída... e ele não precisou de sujar as mãos. Só há uma coisa a fazer... é preciso encontrar a arma do crime... só ela poderá dizer quem foi o criminoso. Mas se Ted não saiu de casa, ela tem de lá estar...

Depois de várias buscar minuciosas em que ele conta com a ajuda de um outro detective da NYPD eles não conseguem encontrar a arma, até que uma troca acidental de telemóveis lhe dá a solução do problema... e se as armas foram trocadas? E se há duas armas iguais? A troca só poderia ter sido efectuada com uma pessoa que entrou lá em casa e que acedeu a ficar desarmada para negociar...

Rapidamente confirma os seus receios, a arma que ele tinha comprado para matar a mulher era igual à arma do detective seu amante... E no dia em que ele foi ao Hotel, não foi confirmar se eles lá estavam mas sim trocar a arma. Matou a mulher com a arma do amante e enquanto ele tentava descobrir se ela estava morta no chão, ele voltou a trocá-las... a arma que ele tinha quando foi detido, era a dele, nova que nunca tinha sido disparada, a arma que tinha cometido o assassínio esteve todo o tempo com o detective até à altura da sua morte em que foi guardada na esquadra.

A “ruptura” fora encontrada... Ted foi preso, contudo elogiando a inteligência do seu adversário. E Willy Beachum, o advogado que só pegava nos casos em que via que podia ganhar, viu que afinal só tinha uma forma de se sentir realizado: conseguir que a justiça fosse feita, o seu lugar era definitivamente o de promotor público.



24.5.07

Um perfeito estranho



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“Um perfeito estranho” é um thriller interessante, daqueles que começamos a ver e achamos logo que o final não pode ser aquele que parece evidente, mas ainda sim conseguimos ficar surpreendidos com o desfecho.

A História:

A protagonista é Rowena (Halle Berry), uma jornalista bastante empenhada na sua carreira e especialista em descobrir segredos obscuros e matérias que possam por em risco a carreira de gente importante.... um dia, depois de um artigo que ela conseguiu e que iria ser uma verdadeira “bomba”, sobre um Senador homossexual, ter sido impedido de ser publicado porque ele tinha conhecimentos dentro do jornal, ela fica furiosa e despede-se.

Ao regressar a casa, é interpelada por uma amiga de infância que ela parece não ter grande prazer em rever... A amiga confidencia-lhe que esteve envolvida com um homem muito famoso no mundo da publicidade, Harrison Hill (Bruce Willis) e pede-lhe que ela escreva um artigo sobre ele, denunciando a relação deles. Ela não se mostra nada interessada mas a amiga praticamente obriga-a a receber uma troca de correspondência via internet entre eles, dizendo-lhe que ele a abandonou, que é casado e que ela quer vingança...

Já fora do jornal ela pede a um amigo que ainda lá trabalha e que é perito em informática que investigue o caso, mas aparentemente sem grande interesse na matéria... só que uns dias depois a mãe da amiga liga-lhe a dizer que a filha desapareceu e quando ela tenta encontrá-la, depara-se com a amiga, morta de uma forma bastante violenta, na morgue Municipal. Aí, e sabendo que a amiga estava grávida, Rowena pega no caso a tempo inteiro de forma a conseguir descobrir se foi Hill que ao ver-se pressionado a assassinou.

Consegue um emprego como temporária na empresa de publicidade de Hill (ai que nos filmes é sempre tão fácil conseguir emprego onde se quer e quando se quer...) e logo por sorte vai mesmo trabalhar directamente com ele... enfim, são filmes. Não perde tempo em começar a seduzi-lo pessoalmente, ao mesmo tempo que começa também a ter conversas com ele no mesmo chat onde a amiga o tinha conhecido, sob um nome falso para ver até onde ele vai. Ai vivem algumas cenas de intenso sexo virtual, que ela até não desgosta de todo....

À medida que se vai integrando na empresa começa a ver que tanto ele pode ter cometido o crime para se livrar dela, como a sua mulher muito ciumenta e possessiva, como a sua assistente, mulher fria e apaixonada pelo patrão, visto que na autópsia se descobre que o que matou Grace foi um “principio activo” de um medicamento que serve para anestesiar e dilatar as pupilas.... quem usava esse medicamento era a mulher de Hill para fotografar olhos, o que era o seu passatempo... e quem ia buscar o produto era a sua assistente, à empresa que pertencia a familia...

E claro que como thriller que é, nada pode ser fácil e a expectativa é para ser criada até ao fim do filme.... pistas falsas, caminhos que não levam a lado nenhum, segredos e mais segredos, desconfiança permanente de tudo e de todos, motivações diversas para que todos tenham uma razão para querer a morte de alguém, para que no final e em poucos minutos venhamos a saber a verdade, o porquê e o quem....


O desfecho.... contém o final!!



A partir daqui e como já é costume eu conto o final do filme senão rebento, ehehehehe. E então a pergunta que fica é....


Até onde alguém consegue chegar para esconder um segredo?????


Com o avançar das investigações Rowena acaba por descobrir que o seu amigo Miles que a está a ajudar nas investigações também andou com a sua amiga Grace que morreu, o que ela considera uma traição visto que ele nunca lho contou e aí.... também ele passa a ser um possível suspeito.... mas Miles sempre foi apaixonado por ela Rowena... e ela que sabia isso sempre usou essa paixão para o seu próprio interesse... afinal também ele é capaz de ter segredos....

E entretanto porque é que ela não ficou muito feliz de ver a sua amiga??? Porque Grace a tinha traído com o seu namorado há um ano antes.... e Miles sabia de tudo, e foi ele quem a apoiou e lhe deu alento.... então se ele sabia que Grace não prestava, porque é que depois foi andar com ela e ainda por cima lhe escondeu?

Entretanto ela já tinha perdoado o namorado traidor e já andava a sair com ele outra vez às escondidas de Miles.... só que um dia ele atrasou-se a sair de casa e viu-os juntos... então ela também lhe andava a esconder alguma coisa, a ele que sempre lhe dedicou todo o seu tempo e atenção.... porquê ???

Miles decepcionado conta-lhe que o namorado dela foi chamado à Policia para fazer testes de ADN para saber se era o pai da criança de Grace.... então se ele foi chamado, ele poderia ser o pai do bebé da amiga???? Mas como se eles não se viam há mais de um ano????? Então ele continuava a sair com as duas? Afinal parece que mais alguém tem segredos.....

Entretanto Rowena decide tirar tudo a limpo e vai a casa do seu amigo. Como ele não está, ela abre a porta e descobre uma divisão secreta onde ele guarda todos os seus fetiches que passam por fotos dela, fotos de mulheres nuas com a cara dela, screensavers no computador com a voz dela... mas pior que tudo, ela descobre que as conversas em chat que ela pensava estar a ter com Hill afinal estavam a ser filtradas por Miles e era ele que tomava o seu lugar para assim poder extravasar a sua paixão por Rowena...

Mas afinal Rowena também tem um segredo.... e o seu amigo Miles já o descobriu... e quando ela já em casa se prepara para deitar pelo cano da banheira abaixo o tal medicamento para dilatar pupilas.... ele entra e surpreende-a... fragilizada ela conta-lhe tudo o que ele já sabe (mas nós não.....)

Rowena era violada pelo pai quando era criança... e quando a mãe descobriu tentou parar aquilo e pô-lo na rua, mas como ele se tornasse violento, ela bateu-lhe com um candeeiro acabando por o matar... as duas decidiram enterrá-lo no jardim e dizer a toda agente que ele tinha desaparecido.... mas a sua amiga Grace estava à janela e viu.... a partir daí ela tornou-se inseparável de Rowena... só que em vez de ser por amizade, ela chantageou-a a vida toda, perseguindo-a, torturando-a e tirando-lhe tudo o que tinha, incluindo namorados e amigos...

Quando Grace foi ter com ela para lhe entregar as conversas entre ela e Hill não lhe foi pedir ajuda.... foi obrigá-la a fazer o artigo que o envolvesse no escândalo... fazia parte da chantagem... Só que Rowena quando começou a investigar sobre a vida de Hill e da familia e descobriu que a mulher dele usava aquele anestesiante que usado nas proporções erradas poderia ser letal, achou que poderia estar aí a solução de todos os seus problemas.... matar Grace usando o medicamento e com base nos mails que ela tinha em seu poder e mais um envolvimento que ela se preparava para ter com o empresário, conseguir incriminá-los, envolvê-los no escândalo da morte da “amiga” e assim poder viver o resto da vida sem medo (ela e a sua mãe que se encontrava internada num lar meio “passada” pelo que tinha feito)...

Depois de confessar tudo ao seu amigo, longe de encontrar compreensão e um ombro, ele de imediato iniciou também uma chantagem dizendo que ela tinha que pensar no que lhe iria fazer ou dar para que ele se calasse.... mas Rowena não ia passar por tudo de novo... rapidamente agarrou numa faca da cozinha onde se encontravam e matou Miles.... de seguida pegou no telefone e chamou a policia para ir lá a casa porque tinha sido atacada por um colega de trabalho.....

E seria o fim de história..... não fosse um vizinho estar a espreitar pela janela da cozinha nesse momento e ter assistido a tudo..... há pessoas que não têm mesmo sorte na vida, ahahahahahah

11.5.07






10.5.07

Homem Aranha 3





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Eu confesso ser uma fã dos filmes de super herois, normalmente não falho um... mas o Homem Aranha sinceramente nunca me convenceu.... já não convencia nos livros de quadradinhos e em filme muito menos.... achei a escolha do actor péssima e não gostei do primeiro filme, fui ver o segundo e também não gostei.... vá-se lá saber o que me levou a tentar uma terceira vez, ehehehe e para ser diferente desta vez não foi não gostar.... foi detestar mesmo..... houve cenas em que até senti vergonha de estar a ver o filme.

No primeiro filme apresentaram-nos o personagem, explicaram o que aconteceu com a picada da aranha radioactiva, e no fundo ele aprende a ser Homem Aranha.... Harry Osborne era o seu melhor amigo, conheceu Mary Jane, apaixonou-se.... como inimigo teve que enfrentar o Duende Verde (ridículo) que era pai do seu grande amigo.

No segundo, ele enfrenta o Doutor Octopuss, Mary Jane descobre que ele é o Homem Aranha e aceita ser a companheira de um Super Heroi, e Harry descobre (ou pensa que sim pelo menos) que ele foi o responsável pela morte do seu pai e declara vingança, preparando-se assim o terceiro episódio.... neste ele assume que é um Heroi e decide arcar com todas as consequências que daqui possam advir.

Neste terceiro não sei muito bem o que se passa.... surgem super herois de todos os cantos do ecran.... o Homem Areia, o Duende Verde Junior e Venom... e ele próprio que depois de ser "apanhado" por uma entidade alienigena, e que fica assim um misto de John Travolta, com cabelinho à Duran Duran de cabelo oleoso, com andar de pseudo gigolo e muito muito ridiculo..... a dança que ele faz em plena rua com o "ego" completamente em alta e perfeitamente convencido que é o maior, é de ir às lagrimas.... lágrimas de desespero leia-se...... a figurinha dele neste filme.... é triste....

Para mim quem vai ver este filme, das duas três.... ou se vai ver o filme como um filme de acção e quando sai de lá não pensa mais no assunto, ou se gosta de filmes do género como eu, e vai na tentativa que desta vez vai ser melhor e vem de lá completamente desiludido e a sentir-se enganado, como eu.... ou é mesmo fã do Homem Aranha e vem de lá maravilhado com cada cena, com cada momento, porque nem sequer perde um bocadinho a analisar a historia e o inverosimil de tudo o que vemos....

A História:

Este terceiro filme começa com o Peter Parker a sentir-se o dono do mundo, acarinhado por toda a população, passa a vida a dar autógrafos e a pavonear-se pela cidade.... namora na mesma com Mary Jane que não está a passar uma das melhores fases da sua carreira, mas ele nem se apercebe disso, de tal forma está apenas e só, a olhar para o seu umbigo.... reencontra Harry Osborne que tem andado a preparar a sua vingança e têm logo uma primeira luta no inicio do filme.... nessa luta Harry perde a memória recente e voltam a ser os melhores amigos.

Simultaneamente um ladrão fugido da prisão entra duma forma simples que se torna idiota num laboratório onde se fazem coisas altamente secretas como seja o desmembramento molecular... alias tanto secretismo e ele apenas saltou uma vedação para ficar logo frente a frente com uma experiência que está a decorrer, e eles que notam que algo não está bem partem do principio que deve ser uma mosca e não vão sequer checar.... ok... passando à frente para mim é a melhor personagem de todo o filme, sendo muito boa a cena em que ele depois de "desmoleculado e misturado com areia" se recria tornando-se num misto de homem/monstro que consegue mudar de carne para areia sempre que lhe apetece....

Entretanto na pacata vida de Peter, surge Eddie Brock, um fotografo free lancer que lhe quer tirar o lugar, mas que nada lhe corre muito bem visto que Peter é o fotografo que ele ambiciona ser, tem a namorada estável que ele também queria ter, e numa tentativa frustrada de conseguir o lugar de Peter no jornal falsifica uma foto do homem aranha que acaba por lhe custar o emprego e a humilhação pública... estes são os ingredientes para que Eddie faça uma marcação cerrada ao Homem Aranha numa tentativa de o desmascarar e que o faz ter por ele um ódio profundo que por um acaso o virá transformar em Venom.... o mostro da boca grande e dos gritinhos histéricos.....

A isto junta-se a enooooorme coincidência de um extra terrestre chegar à terra mesmo ao lado do sitio onde Peter e Mary namoravam numa noite de luar.... e ir de boleia colado (literalmente) na sua Lambreta para casa.... esse Ser tem o poder de se introduzir num hospedeiro e transformá-lo no que ele tem de pior... e é assim que o Homem Aranha/Peter Parker se vê a braços com o seu próprio ego, transformando-se num ser egoísta, egocentrista e cheio de si mesmo, agressivo e violento para toda a gente inclusive para a sua noiva, familia e amigos.... depois.... é a habitual luta de Super Heróis entre o bem e o mal, juntando desta vez a luta do Homem Aranha consigo mesmo, onde vai ter que optar por ser quem sempre foi até ali ou deixar-se dominar pelo ente que está em simbiose consigo e transformar-se no "Dark Side of Spiderman"....

3.5.07

As Pragas



Hilary Swank protagoniza Katherine Winter, uma antiga missionária protestante, que depois de ter perdido o marido e a filha num "sacrificio" no Sudão, onde pregavam a fé, desistiu completamente da religião, dedicando-se a dar aulas numa Universidade e ocupando o seu tempo a desmistificar fenómenos considerados sobrenaturais, mas que têm uma explicação ciêntifica e racional, de forma a tentar que mais ninguém tenha que passar por aquilo que ela própria passou. A sua fama já é grande visto que já conseguiu explicar 48 casos considerados milagres ou obras do sobrenatural.

No final de uma conferência ela é contactada por Doug (David Morrissey), que lhe pede ajuda para perceber o que se está a passar em Haven, na Louisiana, em que um rio de repente ficou da cor do sangue após a morte de um garoto na beira do rio. Quando ele foi descoberto ao pé de si estava a sua irmã chamada Loren e a partir daí a população começou a pensar que a culpa era sua do que tinha acontecido.

Apesar de ela não acreditar que se trate de algo sobrenatural e de ter arranjado logo duas ou três explicações cientificas que pudessem ter posto o rio daquela cor, acaba por ir até lá com o seu colega e amigo Ben (Idris Elba). Depois de uma breve análise às aguas do rio e duma aparição da miuda, ela chega a conclusão que vai precisar de muito mais dos que explicações cientificas para descobrir o que se está a passar naquele lugar onde parece que se estão a repetir as 10 pragas do Egipto, e onde parece que o Diabo se instalou.

E depois.... é uma tentativa de filme de suspense.... as pragas sucedem-se, depois do rio em sangue começam a chover rãs do céu ou de cima das arvores, não se percebe bem, as crianças ficam de repente cheias de piolhos e é carecada geral, as moscas vêm acabar com um pic-nic romântico entre Katy e Doug, que quase dava em romance... mas por causa da forma como tudo terminou abruptamente, acabam por se ir deitar e Katherine tem um sonho erótico com ele, sonho esse em que também assistismos ao que se passou na realidade com o seu marido e filha.

Continuando as pragas, as vacas de quatro pernas lá da terra ficam todas "loucas" e morrem "à pazada"... a sarna que rebenta em úlceras também ataca o padre da cidade e meia dúzia de beatas que se encontravam perto dele na altura.Uma chuva de granizo que destroi as culturas, uma nuvem de gafanhotos que para mim é das melhores cenas dos filme e depois não percebi muito bem porque tanto quanto sei a nona praga é uma tempestade de areia e ali foi uma tempestade das que têm raios e trovões.... mas nessa altura eu já estava desejosa que o filme acabasse para me vir embora... e de repente antes que caísse a ultima praga, em que os primogénitos morrem, o filme leva uma viragem... e mais não conto... quer dizer conto abaixo....

Katherine ainda consegue arranjar explicações para as 10 pragas em relação ao Egipto, porque (e porque já não me lebrava fui buscar a net) 1 - Uma mudança climática repentina poderia ter aquecido a água do Nilo e provocado a reprodução descontrolada de Pfiesteria, uma alga que provoca hemorragias nos peixes, matando-os e intoxicando as águas com sangue. 2 - A intoxicação das águas faz com que as rãs e sapos fujam, espalhando-se por toda a região. 3 - A morte dos sapos produz uma superpopulação de insetos, principalmente dum pequeno mosquito de picada dolorosa. 4 - Outro tipo de inseto, a mosca dos estábulos, transforma-se em praga, atacando todo tipo de mamífero que encontra. 5 - A peste eqüina africana e a peste língua-azul são doenças transmitidas pelas moscas e mosquitos que atingem mamíferos. 6 - Uma dessas doenças que ataca os estábulos, o mormo, também ataca o homem, e produz úlceras na pele. 7 - O granizo pode cair nas regiões desérticas do Mediterrâneo, embora seja um fenómeno relativamente raro. 8 - Os gafanhotos também eram uma praga conhecida na região. 9 - Uma tempestade de areia pode durar dias e é capaz de encobrir completamente a luz do Sol. 10 - Cereais guardados em celeiros ainda húmidos podem desenvolver um bolor altamente tóxico. Como no Egito antigo os primogénitos (tanto humanos quanto dos animais) tinham a preferência na alimentação, eram sempre alimentados em primeiro lugar e até ficarem satisfeitos e só depois os outros comiam, em tempos de escassez eles foram os primeiros a serem fatalmente intoxicados pelo bolor.

Mas depois do seu amigo ter sido morto e duma série de acontecimentos que se desenvolvem de repente ela percebe que tem estado sempre enganada na forma como encarou o problema e o que o causou desde o principio...

O desfecho.... contém o final!!


De repente katty começa a pensar em tudo o que aconteceu até aquele momento e conclui que a menina não poderia ser culpada de nada... e não sendo ela e já com a morte do amigo a ensombrar a viagem, há que procurar os verdadeiros culpados... chega assim à conclusão que ela tinha sido ludibriada e levada até à cidade para servir os interesses da propria população e de Doug, este o verdadeiro servo do Diabo... consegue descobrir que a menina estava a ser sujeita a uns rituais em que tentavam transformá-la numa espécie de sacerdotiza para engravidar do Diabo e dar à luz o seu filho, esse que iria então reinar sobre a Terra...

Consegue fugir, deixando a cidade atrás dela incendiada, acabando assim com com toda a população que estava possuída. Quando ela e a menina que conseguiu salvar, vêm no carro de regresso, ela diz à menina que vai cuidar dela para sempre.... e aí a menina responde, de mim e do bebé... o que está na tua barriga... ou seja, o sonho erótico que ela teve com ele não foi sonho e afinal ela segue estrada fora... grávida do filho do Diabo... afinal eles tinham simplesmente deixado que ela fugisse visto que os seus intentos já tinham sido alcançados... baaaaaaaaaaaaa !!!!

26.4.07

Wild Hogs - Porcos & Selvagens




Sem aspirar a ser um filme excelente, é um filme muito divertido... Quatro amigos, cada um com a sua vida familiar, juntam-se aos fins de semana para dar uma volta de moto e recordar velhos tempos, até que um dia fartos das suas familias disfuncionais, decidem dar uma de rebeldia e partirem numa viagem sem itenerário, nem prazo.... e sem telemóveis que atiram contra paredes e para dentro de riachos no inicio do filme (e que eu imaginei logo que ainda lhes iriam fazer muuuuuuita falta).
Doug (Tim Allen) é um dentista com uma vida familiar em que ele é praticamente ignorado, Woody (John Travolta) é um executivo falido cuja mulher o abandonou mas que não tem coragem de assumir isso com os seus amigos de infância, Bobby (Martin Lawrence) trabalha como desentupidor de canos e é completamente subjugado pela sua autoritária mulher e Dudley (William H. Macy) é solteiro e com imensa dificuldade em relacionar-se com mulheres, mas é um verdadeiro génio de informática.
Quatro autênticos canastrões de fatos de cabedal e belas Harleys que decidem fazer uma pausa das suas vidas reais e irem reviver um sonho de adolescentes... até que numa das suas pausas decidem ir beber uma cerveja a um Bar de Motards... daqueles a sério... à boa maneira americana, ou seja, feios, porcos e maus... os Del Fuego são liderados por Ray Liotta e estão mortinhos por uma boa confusão... e eles caem que nem patinhos...
A partir daí o filme torna-se uma sucessão de acontecimentos, perseguições, fugas, sustos e gargalhadas (nossas) em que eles percebem que realmente não têm vida para aquilo e que não passam de aprendizes de "Motards". Tem cenas verdadeiramente hilariantes para pessoas que como eu e o meu marido sejam motociclistas e se identifiquem com a "crise de meia idade" que eles estão a passar e que os fazem passar por situações muito constragedoras na sua tentativa de motards selvagens..... como por exemplo desmontagens de cima da mota em que "as cruzes" atacam e os deixam todos "emperrados".... muito divertido...