9.2.07

O Escolhido - The Wicker Man




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de Neil LaBute

E foi realmente escolhido "O Escolhido" ... por ter sido o ultimo filme que vi no cinema... e por ir abrir os posts das "Escolhas de Gioconda"... é muita escolha escolhida!!!! (piadinha)

E gostaria de iniciar com um filme realmente bom... o que não foi o caso. Fui ver à confiança por ser protagonizado por Nicolas Cage, mas afinal arrisco a dizer que deve ter sido a pior interpretação da sua vida... ou melhor, não "interpretação", mas sim papel... deve ter sido talvez o pior papel que ele fez.

"O Escolhido" é um remake (está na moda agora) dum filme de 1973 - "O Homem de Palha". A história foi alterada, vá-se lá saber porquê, não vejo qualquer necessidade... no primeiro filme o lider da seita pagã era um homem, mais propriamente Christopher Lee (o lendário vampiro Drácula), neste filme é uma mulher que representa a autoridade nesta ilha. O filme foi escrito mesmo para Christopher Lee e foi um êxito, tornando-se num dos chamados "filmes de culto"... coisa que não irá de certeza absoluta acontecer com este. Mas vamos à historia...

Nicolas Cage é um policia que está de baixa por ter ficado muito traumatizado com um acidente que presenciou e que de certa forma ele se sente responsável. Durante uma patrulha ao tentar devolver uma bonequita a uma miuda que tinha deixado cair do carro, este é abalroado por um camião enorme que faz incendiar a viatura sem que ele as conseguisse salvar.

Durante a baixa recebe a carta duma ex-namorada que lhe pede ajuda para salvar a sua filha que desapareceu. Ela tinha-o deixado há uns anos atrás e tinha regressado à ilha onde tinha nascido, a ilha Summersisle, uma ilha privada no estado americano do Maine. Desejoso de poder fazer qualquer coisa que o pudesse ajudar a esquecer o sentimento de culpa pelo acidente anterior, ele parte para a ilha.

Quando lá chega tudo lhe começa a parecer estranho desde o primeiro momento. Não é bem recebido, as pessoas parecem viver ha 20 ou 30 anos atrás e tudo parece secreto e falso. A ilha é um matriarcado, liderada espiritualmente pela "Irmã" Summersisle que representa "A Deusa" na terra. Na ilha as mulheres imperam... só as mulheres estudam, só elas ocupam cargos... os homens apenas trabalham os campos, fazem os trabalhos pesados e são chamados quando é necessário procriar.

Ninguém o quer ajudar, ridicularizando-o a cada passo, não colaboram com a investigação que ele tenta fazer dizendo-lhe que Rowan nunca existiu, e quando ele começa a usar da sua autoridade para ser respeitado, acabam por lhe dizer que se por acaso alguma vez existiu já está morta... o que é facto é que ele começa a descobrir indicios que realmente há ou houve essa criança. Uma boneca aqui, uma peça de roupa ali, um registo riscado no caderno da escola... Com tantos episodios estranhos que se sucedem ele pressiona a mãe da criança para abrir mais o jogo, até que ela lhe confessa que a menina é filha dele e que por isso tinha fugido dele há anos atrás.

A partir daqui o interesse dele pelo caso aumenta e os episódios começam a suceder-se cada vez mais rapidamente e de uma forma mais grotesca, culminando com o festival anual da ilha, para o sucesso das colheitas anuais, que se chama "O Dia da Morte e do Renascimento." E é então que Nicolas vê o Homem de Palha - The Wicker Man - É o nome que se dava na antiguidade as estatuas que eram feitas de paus e palha em formato de homem para lá se imolarem pessoas oferecidas em sacrificio... neste caso à Deusa das colheitas....

E é este o final... preso e amarrado, contam-lhe que afinal tudo não passou dum plano arquitectado para o levar à ilha... elas periodicamente vêm a Chicago escolher homens (sempre policias) que seduzem para as engravidarem... anos depois sempre da mesma forma esses homens são atraídos à ilha com o objectivo de ajudarem na busca duma criança e acabam por sacrificados em honra da Deusa.

O final está contado duma forma um bocadito atabalhoada? Pois é assim mesmo que acaba o filme... com o Nicolas Cage aos gritos a arder dentro do homem de palha... e o ciclo a repetir-se... duas das mulheres da ilha, numa discoteca onde está a acontecer um Baile de Finalistas duma Academia de Policia...

Curiosidades:

Este filme recebeu 5 indicações ao Framboesa de Ouro, nas categorias de Pior Filme, Pior Ator (Nicolas Cage), Pior Dupla (Nicolas Cage e seu casaco de urso), Pior Roteiro e Pior Remake ou Imitação Barata.

Na esquadra há um cartaz de "Desaparecido" em que aparece a foto de Edward Woodward, protagonista da versão original do filme de 1973.

6 comentários:

Helena disse...

Bom dia Rainha. Vim visitar-te logo pela manhã e afinal temos drinks e aperitivos, lol. Ainda é muito cedo para beber portanto vou petiscando qualquer coisa.
O Nicolas Cage era o meu actor preferido há anos atrás. Adorei vê-lo no "Coração Selvagem" de David Linch, isto em 1990, se a memória não me trai. Entretanto parece-me que foi um bocado formatizado pela indústria de Holywood.
Assim de repente, até achei o argumento interessante. Soa-me a rituais celtas, a Marion Zimmer Bradley. Mas não sei se foi da forma como o contaste.
Qualquer das maneiras, a escolha escolhida foi bem escolhida, tens razão, nada como "o Escolhido" para abrir estas escolhas :) Parabéns Gioconda e um beijo grande grande grande, vou duchar-me e preparar-me para ir trabalhar. [Não me esqueci do quadro!]

Juanita disse...

olá

vê lá eu gosto muito dele...e pensei que fosse um bom filme, mas com esta descrição não sei se vou ver!!
gosto da historia...

beijocas grandes

Alexandra disse...

Bem primeiro boa escolha e digo mais....como ele é um dos meus actores eleitos em tremos de trabalho acho que ele é excelente ....e porque recomendas vou ver

adoro este blog só falta o trailar do filme .....;D sugestão

beijo

SODALITA disse...

Olá gio,

Também gosto normalmente dos filmes de Nicolas Cage, em relação a este filme e pelo que descreveste pensei que fosse outra coisa totalmente diferente... por enquanto axo k já nao vou ver talvez depois em DVD ! beijitos.

viviana disse...

deve ser fixe esse filme!!!
jokas fofas

Lénia disse...

Muito bem, Gio!

Olha, vamos ver se qq dia te vejo por aí a incentivar as outras meninas para o desporto...

Quem sabe um dia começam a ver a corrida como algo que também nos permite transcender, i.e., separar a mente do corpo, encontrar paz.

Bem, conversa de treta...

Beijinhjos e boa semana.