23.2.07

Há dias de azar...





Há dias de Azar... digamos que foi um filme que me encheu as medidas... não como um filme fantástico, ou espectacular, mas pela trama, que não sendo original foi muito bem conseguida. É meio complicada, mas vou tentar contar.... Já não está no cinema, só em DVD.

Morgan Freeman, Ben Kingsley, Bruce Willis, Stanley Tucci, Lucy Liu e Josh Hartnett são os protagonistas deste filme...

A história:

A história de um homem, Slevin que de repente vê a sua vida ficar de pernas para o ar. O prédio onde vive vai ser demolido, roubam-lhe a carteira com todos os documentos e a sua namorada anda com outro... demais para um homem só, ele decide visitar um amigo em Nova Iorque para passar um tempo e reorganizar a sua vida...

Quando chega a casa do amigo, ele não está e para culminar os seus ultimos dias de azar, vê-se envolvido numa história rocambolesca em que o confundem com o dono da casa, o seu amigo Nick e depois de levar uns valentes "sopapos", ele é levado à presença do "Chefe", um dos Reis do crime de NY.

Motivo:

NY tem dois líderes do crime organizado, o "Chefe" e o "Rabino". Em tempos amigos, odeiam-se há mais de 20 anos mas respeitam tanto o poder de um e o outro que durante esse tempo nunca mais sairam de suas casas com medo de sofrem algum atentado... (moram em prédios frente a frente e vêm-se pela janela através de binóculos). Os homens do Rabino matam a tiro o filho do Chefe e ele só pensa em vingança.... matar o filho do outro... mas para que não se criem um conflito de Gangs, a ideia é fazer parecer que a morte foi um acidente, contratando então um assassino profissional, Goodkat.

Plano:

Encontrar um jogador que deva muito dinheiro ao Chefe para o chantagear e levá-lo a matar o filho do Rabino. Esse homem é o Nick, amigo do protagonista, Slevin.... como ele é confundido com o amigo, é ele que se vê na presença do Chefe e por mais que tente negar que é a pessoa que eles procuram não consegue, até que desiste e assume a identidade que não é sua...

Mas as movimentações que se andam a gerar em torno dos dois gangs levam a que um Detective ande a vigiar as "familias" e acabe por reparar em Slevin que nos ultimos dias entra e sai do edificio onde mora o "Chefe". Assim ele vê-se perseguido pelos homens do Chefe, pelo assassino Goodkat e pelo Detective... e ainda sofrendo uma "marcação cerrada" pela vizinha do seu amigo, Lindsey que decide ajuda-lo...


A partir daqui quem ler, fica a saber a historia toda e já nem vale a pena ver o filme porque perde o interesse, eheheheheh


Mas as aparências enganam... e nem tudo o que parece é.... este filme ambiguo a partir duma determinada altura começa a dar uma grande volta... e tira-nos completamente o tapete debaixo dos pés.... passamos a ver a história doutra forma, com frequentes flashbacks, que nos vão mostrando outros registos... mas não duma forma cansativa nem incongruente, porque o final consegues atar todas as pontas levando-nos a um final totalmente inesperado.

Afinal o pobre Sleven não é tão inocente assim... toda a trama é arquitectada por ele, com a ajuda de Goodkat para se vingar dos dois Reis do crime que na sua infância lhe mataram os pais à sua frente e ordenaram também a sua morte... (Goodkat seria o seu executor mas num acesso de piedade poupou-o e criou-o). Todos os pormenores foram pensados, ele é o autor da morte do filho do Rabino para desencadear esta guerra. O seu amigo é morto para desaparecer e lhe dar o lugar, e a sua inocência e muitas vezes aparente patetice dá lugar a uma frieza e calculismo inesperados. E a sua vingança é concretizada.... há realmente dias de azar.... mas não para ele!!!

20.2.07

Rocky Balboa




Tenho que começar por dizer que não gosto particularmente de Silvester Stallone, quando olho para ele penso logo numa experiência ciêntifica falhada... qualquer coisa assim próxima dum Frankstein dos tempos modernos. Acho-o feio, com uma dicção horrosa e quanto às suas interpretações.... tem dias!

Os primeiros Rocky's não foram filmes que me deixassem algumas recordações... nem boas nem más, simplesmente esqueci esses filmes. Reconheço que o primeiro filme teve algum (grande) impacto, mas nunca me senti muito atraída. Pelo contrário, este filme surpreendeu-me pela positiva....

Mais do que a continuação da saga Rocky este filme parece-me uma biografia da vida de Stallone... um grito de "Eu estou aqui e ainda posso fazer cinema"... Stallone tal como Rocky está velho... passaram 30 anos desde que Rocky desapareceu dos ringues e passaram 30 anos por cima de Stallone... está velho e não o esconde neste filme, este filme é feito à medida para ele...

A história:

Passaram 30 anos, a sua mulher morreu com um cancro (ha 5 anos), dor que ele nunca conseguiu superar... a sua relação com o seu filho praticamente não existe, tem um pequeno restaurante onde conta histórias dos seus tempos aureos e onde as pessoas vão para as ouvir e tirar fotos com o antigo campeão... vive de recordações, é um homem triste e solitário. Continua a amar os animais como nos primeiros filmes, continua a ter um coração enorme, é um "dinossauro", todos o conhecem, o querem cumprimentar ou ter um autógrafo seu... mas a sua vida não tem grande sentido.

Todas as manhãs se senta numa cadeira no cemitério, fazendo "companhia" à mulher que continua a amar e na expectativa que o seu filho os vá visitar. No aniversário da morte da mulher faz um "tour" por todos os lugares que partilhou com ela e que como ela já " morreram", a pista de gelo, a loja dos animais, toda uma vida que ficou para tras. Na vida de Rocky, os seus adversários são apenas os seus proprios "fantasmas".

Um programa de televisão mostra uma simulação por computador sobre um confronto entre Rocky e o novo campeão mundial, Mason Dixon, que conta com 33 combates e 33 vitórias. O computador contra todas as espectativas dá a vitória a Rocky e em consequência gera-se grande expectativa no meio do boxe. Rapidamente Rocky é contactado para passar do virtual ao real e ai começa a história deste filme e o desfecho desta saga que contou com 6 episódios.

Rocky regressa da reforma para o ringue para um ultimo combate. Dada a sua idade já avançada, o que se pretende é um combate "espectaculo", mas Rocky decide dizer que ainda está vivo... Assistimos à sua preparação, enquanto vamos também vendo o seu relacionamento estreitar-se com uma mulher que ele ajudou quando era ainda uma criança, a amizade entre ele e o filho dessa mulher e a tentativa de recuperar o amor do seu filho que não quer ser conhecido como o "filho de Rocky Balboa"...

No fim Rocky termina com um empate... mas isso para ele nem sequer é importante, ele nem sequer espera pela decisão dos juízes, o Rocky já ganhou porque conseguiu dizer que está vivo.... e Stallone também ganhou porque conseguiu voltar com um filme bom de novo ao cinema.

Curiosidade: Sylvester Stallone nasceu com um nervo facial destruído, que lhe paralisou parte dos lábios, da língua e do queixo, deixando-o com aquele olhar e falar à pedrada que o transformaram num mito. Com pouco mais de 10 anos, a “escola para deficientes” que frequentava colocou na sua ficha que o seu desfecho mais provável seria a pena de morte.

Sage Stallone, filho de Sylvester Stallone, recusou-se a interpretar mais uma vez o personagem Rocky Jr., o qual havia interpretado em Rocky V (1990). O motivo foram obrigações que possuía junto à produtora Grindhouse Releasing.

A HBO (rede de televisão privada que transmite habitualmente combates de box) autorizou a filmagem de uma cena em que Rocky entra na arena lotada e anda pelo corredor até chegar ao ringue. Já no ringue Stallone levantou os braços e o 14 mil presentes gritaram o nome de Rocky.

16.2.07

Paris, Cidade das luzes, capital do amor



Faz hoje um ano que fomos para Paris.... estavamos também algures entre o dia dos Namorados e o Carnaval... e então aproveito para vos falar desta cidade maravilhosa....

Explicação: Para que não haja mal entendidos, esta foto foi manipulada porque eu tirei uma a ele e ele uma a mim... como não tinhamos uma juntos fiz isto apenas para ficarmos os dois... não é para dizer que estive onde não estive... foi tirada a bordo dum barco a fazer um passeio pelo Sena.

Vou tentar descrever-vos a minha impressão sobre esta cidade e vou ter a veleidade de tentar dar-vos umas dicas de como se pode visitar esta cidade em 3 ou 4 dias. Para quem ainda não conheça bem Paris e não tenha muito tempo para lá estar, aconselho sempre no primeiro dia a que façam os circuitos do "L'Open Tour", porque ficamos com uma panorâmica sobre toda a cidade, passando por todos os locais de interesse de forma a ficarmos a conhecer mais ou menos onde é tudo, o que fica perto do quê, de forma a podermos em seguida organizar os próximos passeios e apreciar todas as suas belezas perdendo o menos tempo possível.

Existem 4 circuitos (salvo alguma alteração mais recente que eu ainda não tenha conhecimento). O Grand Tour, que tem inicio em Madeleine e passa pela Opera, Museu do Louvre, Notre Dame, Jardins de Luxemburgo, Museu D'Orsay, Praça da Concordia, Campos Elisios, Arco do Triunfo, Trocadero, Torre Eiffel e Invalides. O segundo, Monmartre, passa na Trinité, Moulin Rouge, Gare du Nord, Gare de L'Est, Grand Boulevards e Boulevard de les Italiens. O terceiro Montparnasse-Saint Germain passa à Petit Pont, Jardins de Luxemburgo, com acesso ao Panteão, Rospail, Montparnasse, Invalides, Boulevard Saint-Germain e Quartier Latin. O quarto e último circuito, o de Bastille-Bercy, que passa pelo Centro Georges Pompidou, Notre Dame, Bastilha, Gare de Lyon, Gare D'Austerlitz, Parc du Bercy e Le Marais.

No segundo dia aconselho que se comece com um percurso a pé que dura praticamente todo um dia, com inicio na zona da Opera, com uma visita as Galerias Lafayette, onde para além de compras se pode observar a cúpula principal em vitrais que é muito bonita. Depois e ajudado por um mapa da cidade dirigimo-nos ao Forum des Haulles, grande centro comercial e de diversões, onde até uma piscina existe e ao Centro Pompidou, templo de arte e cultura, com uma construção em aço e vidro completamente fora do vulgar e onde se podem ver os artistas de rua e exposições de todos os géneros, dando-lhe a volta completa para ver nas suas traseiras a Fontaine Stravinsky que é imperdivel.

Segue-se para a Catedral de Notre Dame, um dos icones de Paris, no seu estilo gótico inconfundivel, onde se assistiu às coroações de Reis e Imperadores e ruma-se de seguida para o Louvre, maior museu de arte de todo o mundo, onde se pode visitar a "Gioconda" (parece-me que já ouvi falar deste retrato....) e "Vénus de Milo" entre outras grandes obras de arte, mas claro que apenas para o ver por fora, porque a sua visita "dizem" que demora 3 dias, eu andei por lá uma tarde e chegou.

Continuamos passando pelo Arco do Carrocel, construido para celebrar a vitória Napoleónica em 1805 e descemos o Jardim das Tulherias, lindo com as suas estátuas de mármore em direcção à Praça da Concordia, linda com o seu imponente obelisco egipcio e de onde se tem vista panorâmica para vários pontos da cidade. Inicia-se a subida para os Campos Elisios até ao Arco do Triunfo com os seus 50 metros de altura, no centro do qual se encontra o Túmulo do soldado desconhecido.

No terceiro dia dirigimo-nos à zona de Monmartre, sitio de artistas, considerada durante muito tempo como imoral, hoje considerada zona chique da cidade e altamente turistica e Sacre Coeur, linda capela toda branca, com uns sinos gigantescos e uma escadaria enorme que é conhecida pelos franceses como "Gateau à La Creme", o bolo de natas. Depois na parte de trás do Sacre Coeur passamos à Place du Terrasse, onde se encontram os pintores seja de dia ou de noite prontos a fazer o nosso retrato. Pessoalmente aconselho também uma visitinha ao Espaço Dali e Boulevard St. Michele, onde se passa toda a manhã.

De tarde dirigimo-nos de metro novamente para o centro para visitar o Quartier Latin, onde se encontram as principais universidades, o Panteão, o Jardim de Luxemburgo, depois uma passagem obrigatória nos "Invalides" para visitar o Tumulo de Napoleão ou pelo menos ver por fora, o monumento e a sua cúpula magnifica (muito gosto eu de cúpulas) e de seguida para a Torre Eiffel, que penso que dispensa qualquer comentário, linda seja de dia, seja de noite, toda iluminada, de onde se pode ter uma vista linda sobre a cidade e perceber porque lhe chamam cidade das Luzes. Foi chamada de "horrivel coluna de lata aparafusada" quando foi construida, hoje em dia é chamada de "Vénus de Aço".

No quarto dia que pode até ser o de vir embora e se houver tempo, dar um salto a La Defense, chamado a "Paris Moderna" por uns e "Pequena Chicago" por outros, que é um bairro hiper-moderno na zona Oeste de Paris (onde mora e trabalha a minha muito querida Jessica/Elite), praticamente só de escritórios, mas só de dia, porque de noite é como se não existisse, está tudo apagado. Pode aproveita-se também este dia ainda para visitar algumas das galerias Lafayette e armazéns Printemps para fazer algumas compras se ainda houver tempo (€€€€).

E muito mais havia para dizer, mas a "Escolha" já vai longa... isto é uma sugestão para 4 dias e para ficar com uma panorâmica geral da cidade, havendo tempo fica aqui uma nota sobre museus que recomendo: Museu Rodin, Picasso, Grevin (figuras de cera), Museu Edith Piaf, D'Orsay, História Natural e Louvre (eses são os que visitei, outros haverá igualmente fantásticos, mas não conheço).

Se a viagem for de uma semana os restantes três dias podem ficar para visitar o Parque Astérix ou a Eurodisney que são igualmente imperdiveis. Foi o que fizemos o ano passado, fomos à Eurodisney durante mais 3 dias.

Para jantar vou deixar 3 sugestões: O Leon de Bruxelles nos campos Elisios onde podemos comer mexilhões de todas as maneiras que nos consiga passar pela cabeça e que tem uma decoração muito engraçada;

O pacote que se pode levar já tratado de cá ou em qualquer hotel, que inclui o passeio pelo Sena nos Bateaux Mouches, jantar na Torre Eiffel e espectaculo no Moulin Rouge

E por ultimo uma idazita à Disney village, mesmo que não se tenha tempo para visitar o parque, à noite no metro/Comboio é meia hora apenas e o jantar no Bufalo Bill's Wild West Show é um verdadeiro festival ao estilo do Oeste com barbecue à Texana, ou seja jantar de chili e carne, salsichas, frango assado, cerveja e coca cola à descrição, ao mesmo tempo que se assiste a um espectaculo com indios, cowboys, bisontes, cavalos, demonstrações de tiro, acrobacias a cavalo e onde nem sequer falta a famosa diligência que é sempre assaltada nos filmes e que aqui não foge à tradição.

14.2.07

Mercearia Vencedora




Há dois anos atrás, no primeiro dia dos Namorados que passei com o Vitor, escolhemos este Restaurante como local para jantarmos... foi à ultima da hora, chegamos lá as 8 e não havia meses disponiveis... mandaram-nos dar uma volta e vir mais tarde... como eu já conhecia a qualidade deste sítio embora fosse num dos outros locais, insisti que esperassemos e fomos atendidos na "segunda rodada", já perto das 10 da noite. Ficamos na mesa 27, esta que está marcada a amarelo.

Ficamos fâs e no ano seguinte decidimos lá voltar mas já não caimos no mesmo erro... marcamos mesa... pedi a mesma mesa... como nunca tinha acontecido ninguém pedir assim uma mesa, quando lá chegamos toda a gente sabia que nós eramos os tais que queriamos a mesa 27...

Este ano, logo no dia 1 de Fevereiro tratei de marcar a mesa para não haver surpresas... quando disse que queria a mesa 27 o Gerente lembrou-se de nós e disse logo que podiamos ficar descansados que a mesa seria nossa... e que era um mimo especial porque não faziam isso normalmente... e lá vamos nós hoje à Mercearia Vencedora comer a nossa picanha acompanhada com Sangria de Champanhe...

O Restaurante:

A Mercearia Vencedora "são" até este momento quatro restaurantes que pertencem ao grupo Vargas. Comecei a frequentar o primeiro já há alguns anos atrás, situado nas Fontaínhas, porque o meu prato favorito é Picanha por isso ando sempre à procura desta suculenta iguaria. Fui há dois anos pela primeira vez ao do Jardim do Tabaco... os outros três, nas Fontainhas, Amadora e Marina de Cascais já conhecia e a minha opinião mantém-se, são excelentes restaurantes que primam pela sobriedade da decoração, boa musica ambiente e principalmente pela qualidade do atendimento.
Estes restaurantes servem comida italiana (Pastas), bifes e picanha. O das Fontainhas serve também pizzas. Tem excelentes entradas das quais saliento o Cocktail de Camarão, os cogumelos gratinados com manteiga d'alho e os ovos de codorniz com Bacon. As pastas são todas excelentes, pelo menos as que já experimentei e foram várias, os Bifes são optimos, a qualidade da carne é fantástica, daquela que se desfaz na boca, todos eles acompanhados de excelentes molhos como seja o Bife à Mercearia Vencedora, o Bife com pimenta verde e o Bife Mostarda Dijon por exemplo que são excelentes exemplos.
É verdade atenção aos gulosos que se sintam tentados a experimentar, as doses são enormes e dão perfeitamente para dois. Os Bifes têm meias doses. Têm também serviço de take-away e entregas ao domicilio (pelo menos o das Fontaínhas tem). Para lá ir aconselho a reservar porque normalmente tão cheios, o que também é uma boa referência. Agora a minha loucura é mesmo a Picanha, simples ou com alho é uma verdadeira tentação. Traz batata assada recheada, salada (optima), arroz branco, feijão preto, farinha de pau e custa 15 euros, mas.... não é uma dose normal, eles vão trazendo sucessivamente travessas de picanha até mandarmos parar, podemos comer uma travessa ou cinco... ai é que está a "magia da coisa". A picanha é cortada muito fininha tipo fatias de fiambre e grelhada na própria gordura, sem palavras. Para beber ha vinhos, refrigerantes, e sangrias. Recomendo vivamente a de champanhe que é uma delicia.

13.2.07

Música para namorar






E porque o amor é lindo.... e porque esta semana é semana de S. Valentim... e porque eu adoro estas músicas.... deixo-as para as apreciarem...

Já sabem que para deixar de ouvir uma música e começar a ouvir a seguinte é sempre preciso fazer pausa ou stop na anterior ou começam a ouvir as duas em simultâneo.

Ilegal - Shakira


She - Elvis Costello


Hero - Mariah Carey


Overcome - Live


Unfaithfull - Riahana


Cause to Love you - Fingertips


From this Moment On - Shania Twain


No Worries - Simon Webbe


The Closest thing to Crazy - Katie Melua



12.2.07

O Fantasma da Opera




Numa semana em que o amor impera... não podia deixar de falar de um dos filmes que mais me marcaram nos últimos tempos... numa onde de Musical como o Chicago ou o Moulin Rouge, este filme é "para sempre" o meu filme....

Fui vê-lo com uma grande expectativa porque já tinha visto o Musical em Londres no Her Majesty's Theatre, onde está em cartaz desde 1986 - 21 anos. Tinha algum receio que a história fosse alterada, apesar desta versão não ser sequer a original, mas fiquei agradavelmente surpreendida ao ver que tudo é mantido igual. No filme a acção passa-se num palco e estamos constantemente a ver o publico que assiste às várias representações. Ao vivo, o público somos nós e a grandiosidade de tudo aquilo que assistimos cola-se-nos à pele, arrepiando-nos à medida que a acção se vai desenrolando e fazendo-nos sentir que somos uma parte da história, é apenas um pouco de emoção que se perde.

O livro que deu origem a este musical, de autoria de Gaston Leroux já deu origem a pelo menos 7 filmes (que eu tenha conhecimento, embora ainda esteja na duvida em relação a outros dois)e todos eles alteram a sua historia. O primeiro foi ainda um filme mudo em 1925 e é tida como a melhor versão, pelo menos a mais fiel. A segunda versão é de 1943 e a historia já é alterada sendo que o Fantasma aparece na figura de um violinista que depois de sofrer um acidente com acido foge para as catacumbas da Opera de Paris.A terceira versão surge em 1962 e é considerada a pior de todas. Em 1974 Brian de Palma cria uma versão Opera Rock sobre este tema. Em 1982 fazem uma adaptação para a televisão em que adulteram completamente a historia alterando nomes e factos e em que o Fantasma passa a ser um maestro que pretende vingar a morte de sua mulher. E finalmente em 1990 uma nova versão também ela péssima transporta a historia para Nova Iorque e faz do Fantasma um ser irreal, enfim foram de mal a pior, chegando ao ponto de praticamente ninguém saber qual a história original.

Pessoalmente li o livro e gostei mas não tem nada a ver com este filme, ou melhor tem pouco a ver... e é sobre o filme que é suposto falarmos por aqui. Andrew Lloyd Webber que como muitos deverão saber é o responsavel por fabulosos musicais como por exemplo Jesus Christ Superstar, Evita ou Cats, depois de ter este musical em cena durante 18 anos decidiu adapta-lo ao cinema e segundo a minha modesta opinião em muito boa hora, porque nem toda a gente, alias muito poucos podem assistir ao vivo em Londres ou na Brodway como é obvio e seria uma pena sermos privados de tão fantástico espectáculo de cor e som.

A história:

Estamos em Paris, em 1905 assistindo a um leilão onde um senhor muito idoso, o Visconde de Chagny compra uma caixa de musica com um macaco a tocar pratos e começa a recordar o seu passado, estranhamente ligado a essa caixa através da sua amada Christine Daae. Seguidamente leiloa-se um enorme lustre que foi recuperado dos escombros dum grande incêndio que houve na Opera de Paris, e em que o leiloeiro recorda que é o lustre ligado ao estranho caso do Fantasma da Opera gozando até com a historia. Ao acenderem o lustre, a historia recua até 1860 e começamos então a conhecer a vida e história de essencialmente três pessoas, o Visconde, Christine e do próprio Fantasma.

A Direcção da Opera está a ser passada, apresenta-se um novo dono da sala de espectáculos e ensaia-se a obra "Hannibal". A primeira cantora, Carlotta, irritada como sempre com tudo e todos, ao cair um contra peso mesmo ao pé dela decide ir embora deixando toda a gente assustada porque a opera estreia-se nessa noite e aquele é o ensaio geral. A Srª Giry, encenadora, revela que uma das bailarinas tem uma excelente voz e Christine canta para espanto de todos com uma voz linda. A estreia é feita nessa noite com Christine a fazer a vez da prima-donna.

Depois da estreia e no seu camarim, Christine é visitada pelo Fantasma, que ela pensa ser um Anjo que o seu pai lhe enviou quando morreu para velar por ela e para a ensinar a cantar. Este apresenta-se pela primeira vez e conduz Christine através do espelho para o subterrâneo onde habita. Após varias peripécias e canções lindas ela tira-lhe a mascara para ver a sua cara horrivelmente deformada o que o põe completamente louco de furia, amaldiçoando-a e ameaçando-a que ela nunca mais poderá ser livre depois daquilo.

Posteriormente e já com Christine de regresso à Opera, todos começam a receber cartas do Fantasma avisando que o papel principal da Opera "Il Mutto" que irá ser posto em cena deverá ser entregue a Christine sob pena de acontecer alguma desgraça, tal como o camarote 5 deverá sempre ficar desocupado para que ele (Fantasma) possa assistir a Opera de lá. Ninguém quer acreditar que o Fantasma existe realmente e acusam-se uns aos outros de serem os autores das cartas. Mais uma vez Carlotta que já tinha regressado vai embora ofendida com o facto de não quererem que ela cante e os director prometem que ela terá o papel principal nessa, como em todas as Operas.

E assim, quando a Opera é estreada, Carlotta é a prima-donna e o Visconde está a assistir sentado no camarote 5. Ouve-se então a voz do Fantasma dizendo que já tinha avisado que algo iria acontecer e de repente Carlotta fica sem voz. É rapidamente substituida por Christine mas a fúria do Fantasma não acalma. O lustre abana violentamente ameaçando cair e perante um publico aterrorizado, um funcionario da Opera cai no tecto enforcado. Instala-se o terror e Christine e o Visconde fogem para o telhado. Ai trocam juras de amor enquanto o Fantasma ouve escondido atrás duma estátua. Completamente furioso volta para o teatro e derruba mesmo o lustre por cima do publico que foge em pânico.

Seis meses mais tarde ninguém mais tinha ouvido falar do Fantasma e dá-se um Baile de Mascaras, em que todos estão presentes e o Visconde e Christine estão já noivos. Esse Baile com o nome de Masquerade é um dos momentos verdadeiramente belos do filme, tanto a nivel de musica, como de guarda roupa. No final o Fantasma aparece fantasiado de Morte Vermelha e entrega a partitura de uma Opera intitulada "Don Juan Triunfante" e ordena que ela seja encenada. No final o Visconde e a Srª Giry conversam e ela acaba por lhe confessar que sabe quem é o Fantasma, conta-lhe que é uma criança terrivelmente deformada (esta é realmente a grande alteração em relação ao livro, porque o Fantasma é sempre e em todas as versões um homem que é deformado por derramamento de ácido e aqui ele já nasceu deformado) que ela ajudou a fugir e que escondeu ali nos subterrâneos do teatro e que lá cresceu e viveu sempre.

Com medo daquela terrivel figura, a Opera começa a ser ensaiada, dirigida pelo próprio Fantasma através de cartas. Christine é obviamente a cantora principal e o Visconde junto com os directores pleaneam apanhar o Fantasma aquando da estreia desta peça, para o que pedem a ajuda dela. Christine hesita muito pois custa-lhe trair o homem que sempre velou por ela e que a ensinou a cantar e vai ao cemitério visitar a campa do pai e pedir-lhe ajuda para tomar uma decisão sobre o que fazer. (Este momento mexe muito comigo talvez porque o filme estreou logo a seguir a morte do meu pai e então dada a beleza da canção... sempre que oiço a canção e escuto a letra desfaço-me em lagrimas)

Finalmente estreia a nova Opera. Tudo está como o Fantasma ordenou. A ideia é agradar-lhe para mais facilmente o apanhar. Quase no fim da actuação e sem que ninguém se aperceba, ele enforca o tenor principal e toma o seu lugar, cantando a ária final da Opera com Christine. Quando finalmente se apercebem do que aconteceu tentam capturar o Fantasma que foge para o subsolo levando Christine consigo. Os actores, funcionários e policia partem em busca do Fantasma assim como o Visconde.

Christine conversa com o Fantasma sobre a vida dele e todo o sofrimento que ele teve por causa da sua deformidade. Entretanto Raoul (o Visconde) chega e na ânsia de salvar Christine cai numa armadilha que o Fantasma lhe preparou. Christine tem na sua mão a hipotese de salvar Raoul ou deixá-lo morrer. O Fantasma diz-lhe que a escolha é dela, ou aceita ficar com ele e ele liberta o seu amado, ou recusa e ele morre.

Por amor, Christine aceita ficar com o fantasma, para salvar a vida de Raoul, mas ao ver que a intensidade do amor de Christine é tão grande e tão forte que ela consegue abidcar do seu apaixonado para lhe salvar a vida, conformado e triste, o Fantasma dá-lhe a liberdade e afasta-se para nunca mais ser visto. Lindo!

A musica é fabulosa, com especial destaque para musicas como "Think of me", "The music of the night", "The point of no return" ou "The Phantom of the Opera" e apesar de algumas criticas que já li, as representações estão bastante boas, se tivermos em conta que houve a preocupação de arranjar actores que também cantassem, daí que não encontramos nenhum dos consagrados "monstros" do cinema que estamos habituados a ver nas telas, apesar de alguns dos actores serem conhecidos como é o caso do próprio Fantasma que já vimos pelo menos no filme Atila, o Huno e a Christine Daae que contracenou com Sean Penn no filme Mystic River.

E é mais uma escolha.... se não viram... porque não alugá-lo no dia 14 caso fiquem em casa????

9.2.07

O Escolhido - The Wicker Man




Photobucket - Video and Image Hosting

de Neil LaBute

E foi realmente escolhido "O Escolhido" ... por ter sido o ultimo filme que vi no cinema... e por ir abrir os posts das "Escolhas de Gioconda"... é muita escolha escolhida!!!! (piadinha)

E gostaria de iniciar com um filme realmente bom... o que não foi o caso. Fui ver à confiança por ser protagonizado por Nicolas Cage, mas afinal arrisco a dizer que deve ter sido a pior interpretação da sua vida... ou melhor, não "interpretação", mas sim papel... deve ter sido talvez o pior papel que ele fez.

"O Escolhido" é um remake (está na moda agora) dum filme de 1973 - "O Homem de Palha". A história foi alterada, vá-se lá saber porquê, não vejo qualquer necessidade... no primeiro filme o lider da seita pagã era um homem, mais propriamente Christopher Lee (o lendário vampiro Drácula), neste filme é uma mulher que representa a autoridade nesta ilha. O filme foi escrito mesmo para Christopher Lee e foi um êxito, tornando-se num dos chamados "filmes de culto"... coisa que não irá de certeza absoluta acontecer com este. Mas vamos à historia...

Nicolas Cage é um policia que está de baixa por ter ficado muito traumatizado com um acidente que presenciou e que de certa forma ele se sente responsável. Durante uma patrulha ao tentar devolver uma bonequita a uma miuda que tinha deixado cair do carro, este é abalroado por um camião enorme que faz incendiar a viatura sem que ele as conseguisse salvar.

Durante a baixa recebe a carta duma ex-namorada que lhe pede ajuda para salvar a sua filha que desapareceu. Ela tinha-o deixado há uns anos atrás e tinha regressado à ilha onde tinha nascido, a ilha Summersisle, uma ilha privada no estado americano do Maine. Desejoso de poder fazer qualquer coisa que o pudesse ajudar a esquecer o sentimento de culpa pelo acidente anterior, ele parte para a ilha.

Quando lá chega tudo lhe começa a parecer estranho desde o primeiro momento. Não é bem recebido, as pessoas parecem viver ha 20 ou 30 anos atrás e tudo parece secreto e falso. A ilha é um matriarcado, liderada espiritualmente pela "Irmã" Summersisle que representa "A Deusa" na terra. Na ilha as mulheres imperam... só as mulheres estudam, só elas ocupam cargos... os homens apenas trabalham os campos, fazem os trabalhos pesados e são chamados quando é necessário procriar.

Ninguém o quer ajudar, ridicularizando-o a cada passo, não colaboram com a investigação que ele tenta fazer dizendo-lhe que Rowan nunca existiu, e quando ele começa a usar da sua autoridade para ser respeitado, acabam por lhe dizer que se por acaso alguma vez existiu já está morta... o que é facto é que ele começa a descobrir indicios que realmente há ou houve essa criança. Uma boneca aqui, uma peça de roupa ali, um registo riscado no caderno da escola... Com tantos episodios estranhos que se sucedem ele pressiona a mãe da criança para abrir mais o jogo, até que ela lhe confessa que a menina é filha dele e que por isso tinha fugido dele há anos atrás.

A partir daqui o interesse dele pelo caso aumenta e os episódios começam a suceder-se cada vez mais rapidamente e de uma forma mais grotesca, culminando com o festival anual da ilha, para o sucesso das colheitas anuais, que se chama "O Dia da Morte e do Renascimento." E é então que Nicolas vê o Homem de Palha - The Wicker Man - É o nome que se dava na antiguidade as estatuas que eram feitas de paus e palha em formato de homem para lá se imolarem pessoas oferecidas em sacrificio... neste caso à Deusa das colheitas....

E é este o final... preso e amarrado, contam-lhe que afinal tudo não passou dum plano arquitectado para o levar à ilha... elas periodicamente vêm a Chicago escolher homens (sempre policias) que seduzem para as engravidarem... anos depois sempre da mesma forma esses homens são atraídos à ilha com o objectivo de ajudarem na busca duma criança e acabam por sacrificados em honra da Deusa.

O final está contado duma forma um bocadito atabalhoada? Pois é assim mesmo que acaba o filme... com o Nicolas Cage aos gritos a arder dentro do homem de palha... e o ciclo a repetir-se... duas das mulheres da ilha, numa discoteca onde está a acontecer um Baile de Finalistas duma Academia de Policia...

Curiosidades:

Este filme recebeu 5 indicações ao Framboesa de Ouro, nas categorias de Pior Filme, Pior Ator (Nicolas Cage), Pior Dupla (Nicolas Cage e seu casaco de urso), Pior Roteiro e Pior Remake ou Imitação Barata.

Na esquadra há um cartaz de "Desaparecido" em que aparece a foto de Edward Woodward, protagonista da versão original do filme de 1973.

8.2.07

As escolhas da Gio





Pois se o outro tem um programa que se chama "As escolhas de Marcelo", porque é que eu não hei-de ter um blog chamado "As escolhas da Gio"??????

E porque é que foi criado este blog? Porque a minha amiga Dharma me desafiou a fazê-lo.... e eu achei a ideia engraçada... apesar de já me ter passado pela cabeça criar qualquer coisa deste género, ela deu-me o "empurrão" necessário... obrigada minha querida pela tua ideia...

E a partir de agora, este será o sitio onde eu virei mandar as minhas "bocas" sobre os filmes que vi, as músicas que ouvi e os livros que li.... dai o seu título "Ver, Ouvir, Ler e Reflectir..." mas também posso falar dum passeio que dei, dum espectaculo que vi, dum restaurante onde comi... dizer bem... dizer mal... ou apenas dizer !!!!

Além das "escolhas" recentes, vou "despejar para aqui" material que eu já tinha, antigo, que fez parte de um outro grupo onde eu já pertenci... a pouco e pouco irei actualizando este cantinho muito meu... uma "escolha" recente, outra mais antiga, sobre filmes que me marcaram pela negativa ou pela positiva, quem sabe se às vezes não se pode aproveitar alguma ideia para ver (ou não...) "aquele" filme que nunca chegámos a ver porque não houve tempo ou ficámos na dúvida....

Aviso já que quando falar de qualquer coisa é muito possivel que conte toda a historia, por vezes não o farei, mas também pode acontecer contar a história do livro ou do filme acompanhada da minha opinião... acho que só assim para mim faz sentido. Todos estão convidados a visitar-me... mas ninguém se pode queixar que escrevi demais... escrevo por prazer e para mim... não me importo de partilhar, mas não estou para ouvir criticas porque contei o fim...
Falta-me apenas dizer que mais uma vez contei com a preciosa ajuda da Mafagafinha que me ajudou no selinho que está no outro blog e com a foto deste Template... peço-vos que reparem com alguma atenção e vejam a arte desta menina.... o que ela fez a este quadro... será que conhecem alguém????

And now.... let the show begin !!!