21.6.07

Piratas das Caraíbas 3

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Este ano parece ser o ano das sequelas... parece não, é mesmo e lá fui eu ver o Pirata das Caraíbas 3. Não estava especialmente empolgada porque o dois deixou-me com uma sensação de.... nem sei quê. Não gostei do Davy Jones, não gostei do coração dentro do cofre e não gostei da fotografia e cor do segundo filme. Por acaso depois de ver o terceiro as peças encaixaram-se e consegui gostar mais do segundo depois de ver o terceiro.

De qualquer forma o primeiro sim, achei muito engraçado, uma divertida sátira aos filmes de piratas, com todos os personagens clássicos, fosse o pirata da perna de pau, fosse o da pala no olho ou o do papagaio ao ombro. E Johnny Depp como Jack Sparrow, numa interpretação que considerei extraordinária. Na minha opinião digna mesmo de um Oscar. No primeiro ele é sem margem para dúvida o personagem principal e central da história e tudo gira em torno dele o que já não acontece tanto nos outros dois filmes.

O segundo já foi muito rebuscado, muito virado para os efeitos especiais. A historia do primeiro, apesar de permitir uma sequela tinha um principio, meio e fim. Para este segundo arranjaram um argumento que obrigava mesmo a um terceiro filme, aliás eles foram filmados em simultâneo, o segundo e o terceiro. A história é a de um pirata, que rejeitado pela mulher que amava decidiu retirar o seu coração do peito e guarda-lo num cofre. Só que se transforma em morto vivo, a comandar um barco tripulado por mortos vivos todos sujeitos a uma mesma maldição. Como tudo está relacionado com o coração encerrado, quem tiver o coração tem o controle dos acontecimentos. Sparrow ao tentar roubar o coração é apanhado pelo monstro marinho Kraken (controlado por Davy Jones) e supostamente morre. Mas “Tia Dalma” uma mulher mística e com poderes mágicos diz saber como ressuscitá-lo dos mortos desde que todos estejam dispostos a arriscar a própria vida. E para ajudar nessa missão, ela traz de volta o Capitão Barbossa, morto no primeiro filme. Este é um resumo do segundo filme...

E é também este o inicio da “história” do terceiro filme. Salvar Jack Sparrow, que se encontra encerrado dentro do cofre de Davy Jones. Mas no desenvolvimento das várias peripécias que se vão desenvolvendo todos acabam por ter um motivo pessoal para quererem o coração, também Elizabeth quer o coração para salvar o noivo Will Turner que por sua vez quer o coração para salvar o seu pai, o Almirante Norrington caído em desgraça e obrigado a ingressar num navio pirata para sobreviver também quer o coração para poder voltar a ter o seu lugar na Real companhia das Indias e o pérfido Lorde Cutler Beckett quer o coração para conseguir controlar os mares e liquidar os piratas do Holandês Voador, o navio que transporta os piratas meio homens, meio peixes, meio mortos, etc etc etc

Há uma primeira parte digamos assim, em que a tripulação parte no Pérola Negra para salvar Jack Sparrow. Simultaneamente vamos vendo imagens de Jack “dentro” do cofre em que parece mais louco ainda do que já é desmultiplicando-se em diversos Jacks, sendo eles o capitão, o imediato, o marinheiro, etc etc etc, aqui fiquei na dúvida se gostei ou não gostei, mas acho que não gostei muito, são umas cenas um bocado estranhas, como se se passassem dentro dum “limbo” em que tudo é possível, mas de uma forma um bocado exagerada e demasiado “comprida”, roçando o chato.

Para chegarem ao “fim do mundo” onde Sparrow se encontra, eles precisam de primeiro ir a Singapura buscar os mapas que lhes darão as coordenadas para lá chegarem. Esses mapas estão à guarda do capitão Sao Fend, um asiático enorme que não lhes facilita a vida, mas lá conseguem chegar a um acordo, visto que também há necessidade de se reunirem os “Nove Lordes da Corte da Irmandade”, que é uma espécie de Elite de líderes de piratas e malfeitores, para juntos arquitectarem uma vingança contra Beckett, que não tem cumprido nenhum dos acordos que fez com eles. Acontece que o capitão Jack Sparrow é um dos lordes e está preso ao baú de Davy Jones, por isso com alguma facilidade obtêm ajuda, porque todos têm que estar presentes na reunião.


O desfecho.... contém o final!!


A segunda parte é o desfecho da saga em que todas as situações que acontecem no primeiro e segundo filmes têm a sua resolução.

Quando se aproximam do fim do mundo e segundo as indicações do mapa, têm que esperar por um por de sol verde, em que o barco se vira ao contrário e é nessa posição que chegam a terra. Sparrow mais louco que nunca vem das dunas de areia a bordo dum barco transportado em cima de caranguejos. Depois de Jack ser salvo partem com destino ao encontro dos Lordes, havendo ainda de permeio uma luta com o Holandês Voador, em que conseguem destruir o monstro marinho Kraken e prender Davy Jones, além de também lhe roubarem o cofre que esconde o seu coração.

Esclarece-se a verdade sobre o coração encarcerado, sabe-se que afinal o grande amor de Davy Jones é a Tia Dalma, que na verdade é a Deusa Calypso, que lhe prometeu amor e o traiu, embora eu ache que a historia deles está muito mal contada, para um coração que fez parte dos dois filmes duma forma tão preponderante, devia ter sido mais bem explicada esta parte. Davy Jones acaba por morrer e com ele todos os piratas que o acompanhavam.

Turner e Elizabeth não ficam juntos no final, porque em troca de salvar o pai, ele tem que dar o seu coração em troca do de Davy Jones e assim conforme dita a maldição, tem que ficar no Holandês Voador no lugar do seu anterior comandante, só podendo vir a terra de 10 em 10 anos por um dia. Ela aceita e decide esperar por ele.

Depois de tudo acabado o Pérola negra tem outra vez dois comandantes, Sparrow e Barbossa... e mais uma vez Barbossa fica com o navio e com a tripulação que se sente mais segura longe de Jack.

Jack Sparrow acaba este filme da mesma forma que começou o primeiro. Sozinho, sem barco e sem tripulação. É como que um encerrar duma saga, uma trilogia que chega ao fim mas que pode dar aso a novas histórias.

Curiosidades

Na reunião dos “Nove Lordes”, aparece um décimo pirata, uma figura que representa mais ou menos o guardião da “Biblia” dos piratas, o Capitão Teague, um personagem muito especial. Trata-se de uma aparição pequena, mas significativa, que não será grande surpresa para quem acompanhou as notícias da produção do filme. É uma justa homenagem dos criadores da trilogia ao músico Keith Richards, da banda Rolling Stones já que foi nele que Deep se inspirou para criar o maravilhoso personagem que sustenta a saga, de forma que no filme acaba por ser revelado duma forma subtil mas inequívoca, que ele é o pai do pirata Jack Sparrow.

3 comentários:

irneh disse...

Que gosto pelo cinema! Acho óptimo! Eu já não vejo um filme, nem em casa nem no cinema, há mais de dois anos. Gosto, mas, geralmente, adormeço e não vejo o final.

Naty disse...

Olá eu sou a Naty e passei para conhecer teus blogs e adorei.Que gosto por cinema eu tambem gosto mas ja nem me lembro quando a ultima vez que fui ao cinema.voltarei
bjs naty

o alquimista disse...

Olha cara amiga, contigo vou apredendo a sabendo as novodades cinéfilas...e eu que sou um homem do teatro...


Doce beijo