15.6.08

Miaurrrrrrrrrrrrrrr, I'm immmmprrrrrrrrreeeeeessssseeeeddddd

Há uns meses atrás vi um dos filmes que mais me divertiram nos últimos tempos. Não que tenha sido um bom filme porque não o é, pelo menos na minha opinião, mas porque simplesmente gostei de o ver. Não vou falar da realização, da historia (porque sinceramente não a conhecia), dos efeitos especiais que são fracos, muito fracos, vou apenas contar o filme (quase todo) e o efeito que provocou em mim.

Para começar este filme tem a participação de duas actrizes que eu gosto muito de ver trabalhar. Halle Berry e a belíssima Sharon Stone que se eu fosse homem seria a minha..... enfim.... musa inspiradora. Halle Berry é designer numa empresa de cosmética e está encarregue de criar a imagem de um produto que vai ser lançado no mercado chamado “Beau-Line”.

Esse produto faz mal à pele, cria habituação e isso é do conhecimento dos donos da empresa que não estão minimamente preocupados com isso, tirando do seu caminho quem tente opor-se à sua comercialização. Patiente (Halle Berry) vai entregar o trabalho já fora de horas e vê-se de repente no sitio errado há hora errada, ouve o que não deve e sofre as consequências.

A sua estranha relação com um gato acaba por vir a transformá-la na Catwoman, uma felina cheia de força e de garra, meio mulher meio animal, meio vilã, meio heroína. Em relação a isto, acho que a prestação dela está boa mas os efeitos especiais são exagerados, ela faz constantemente lembrar-me o Homem-Aranha, tudo muito rapido, muito “falso”, muito pouco convincente.

Dentro da ficção que é esta história, há algumas cenas que se tornam um pouco ridículas como por exemplo ela fazer “surf” em cima de um ladrão de joalharias. Há coisas que eram escusadas e perfeitamente dispensáveis. Catwoman vai tentar vingar-se do que lhe fizeram, mas vê-se acusada de uma serie de coisas que não fez e é perseguida por um Detective da policia que está apaixonado pela Patiente e que ao começar a “cruzar” as coincidências entre as duas, vê-se no dilema de proteger a mulher que ama e prender a suposta vilã assassina.

Patiente não pode contar o seu segredo (como já é da praxe com todos os nossos super-heróis) e tenta mostrar a sua inocência sem se denunciar. Várias vezes durante este filme Halle Berry faz-me lembrar “Gothika”. Entretanto a verdadeira vilã, Sharon Stone vai usando de todos os meios para atingir os seus objectivos que são ter mais poder dentro da empresa de que é dona com o marido, comercializar o produto que lhe tem garantindo a sua beleza e do qual ela tão bem conhece os efeitos secundários e se possível culpar a Catwoman de tudo o que ela tem que fazer para conseguir isso.

Sharon está muito bem no seu papel, aliás como em todos os papeis que encarna. É uma mulher linda apesar da idade... quase perfeita. Resumindo, achei um piadão ao filme, diverti-me imenso e fiquei muito bem disposta, o que é acima de tudo o que eu pretendo após a visualização de qualquer película cinematográfica. A gatinha era muito sexy e a Vilã linda... (pronto não posso estar sempre a elogiar o Brad Pitt e o George Cleoney.... hoje foi o dia “delas”). Moral da história... Quem não quer ser gato não lhe veste a pele. Ai que esta saiu-me muito bem....

5.6.08

Apenas uma palavra: GENIAL !!!!






Fui ontem ver o espectáculo de Filipe La féria e vim de lá apenas com uma ideia: tenho que lá voltar, tenho que ir ver outra vez... tenho que dizer a toda a gente que é imperdível... não é preciso ser católico, não é preciso seguir nenhuma religião, só é preciso gostar de ouvir boa música e de ver bons espectáculos.

Por vezes temos a ideia de que o que fazemos não presta, de que o que passa no estrangeiro é que é bom, mas eu que já tive a sorte de ver três musicais em Londres, o Fantasma da Opera, Cats e Fame, digo sem qualquer sombra de dúvida que este não deixa a desejar em relação a nenhum deles.


Estes são os cantores principais: Gonçalo Salgueiro como Jesus, Pedro Bargado como Judas Iscariotes e Sara Lima como Maria Madalena, depois existem os substitutos que são respectivamente David Ventura, Tó Leal e Laura Rodrigues mas tive a sorte de apanhar todos os principais. Curiosamente Gonçalo é um fadista e Pedro Bargado "saiu" dum Chuva de Estrelas.


Sobre Jesus é dificil falar, aliás sobre qualquer um deles, a entrega deste cantor em palco é qualquer coisa de arrebatador. A sua voz é indiscritivel, ele passa de agudos a graves, grita, zanga-se, chora, sussurra, sem nunca haver uma falha, sem nunca haver um deslize, a sua capacidade vocal é magnifica. Ele veste o personagem, ele sofre em palco, ela mostra dor, humildade, abnegação...


Judas, é uma força da natureza, não só a sua voz que é potente e linda, como a potência dela é fantástica e ele além de cantor de uma forma sublime é um excelente actor e bailarino com uma expressividade arrepiante. Podia ficar a ouvi-lo horas sem nunca me cansar.


Todos os outros são excelentes actores e cantores, como a Maria Madalena, o Simão, o Pedro que tem uma actuação breve mas marcante, Pilatos e Herodes numa versão modernista e contemporânea, Caifás e Anás, dois dos cinco fariseus que o condenam à morte têm vozes fora do vulgar e dão um toque de humor em certas cenas.


Por mais que eu escreva, não é possivel descrever em palavras o espectáculo. Cenas como "O Templo",
"Para sempre amaldiçoado", o emotivo "Monte das Oliveiras",

"Morte de Judas",
,
"Julgamento de Pilatos" e a cena final "São João 19:41"
são cenas que dificilmente me vou esquecer tão cedo. O final, que nos deixa sem palavras e com um aperto na garganta... em que o corpo de Cristo é transportado por entre nós, através do corredor central, em que vemos de perto as caras dos apostolos e de todos os que acompanham o corpo num desenrolar de emoções, um profundo dramatismo, uma intensidade comovente, enfim... só vendo mesmo !!!