5.5.08

Obidos, ha coisas que nunca mudam e ainda bem

Esta vila data do período Neolitico e passou a ter nome no Séc. I (informações que recolhi dum folheto que me deram da ultima vez que lá fui), foi ocupada por Visigodos e Romanos e reconquistada por D. Afonso Henriques em 1148. Foi construida para sua própria protecção dentro de uma muralha, de cujos torreões se pode obter uma vista magnifica e as suas casinhas brancas "debroadas" a azul e amarelo descem pela encosta, enfeitadas com flores multicores e trepadeiras.

As ruazinhas e vielas que a atravessam são muito irregulares e formadas por paralelipipedos, pelo que aconselho a que levem calçado prático e confortável, pois em certos sitios é mesmo complicado de lá andar. Tem um castelo, um museu e 8 igrejas e capelas. Tem alguns restaurantes e casas de petiscos, mas o que torna o percurso alegre e colorido são as várias casinhas que vendem artesanato da região e que o expõem pendurado no exterior, nas portas e paredes e casas que vendem bebidas com especial incidência na ginjinha que é tipica da VILA MUSEU como é chamada carinhosamente.


Eu sugiro para lanchar que procurem um barzinho na rua principal do lado direito onde se pode beber a dita ginjinha e comer queijos e linguiça assada com pãozinho quente e manteiga e admirar ao mesmo tempo uma fabulosa colecção de garrafas de bebida que servem de complemento à decoração da casa e que fazem as minhas delicias visto que eu tambem faço essa colecção.

Para quem mora na zona de Lisboa pode-se perfeitamente lá ir passar um dia e voltar. Os carros não podem entrar dentro da vila, mas defronte da porta principal existe um excelente parque de estacionamento. Quem venha de longe e queira aproveitar umas mini-férias, pode aproveitar para visitar na periferia de Obidos vários sitios como Peniche (e o seu peixe e marisco fresquinhos), as ilhas Berlengas (se o tempo o permitir), a Praia do Baleal, Serra d'El Rei, Caldas da Rainha, Alfazeirão com o seu famoso pão de ló, S. Martinho do Porto (zona de praia muito "in" nos nossos dias) e Foz do Arelho com a sua enorme praia e esplanadas muito agradáveis em qualquer altura do ano.

A tradição da ginginha de Óbidos nasceu no típico bar de seu nome "Ibn Errick Rex", o que equivale a dizer, "filho do rei Henrique". Criado em 1957, este espaço deve a sua origem a uma história de amor entre José Montez, natural de Santarém, e Corália, uma jovem obidense.

Inicialmente, o Ibn Errick Rex era uma casa de antiguidades, negócio montado por Montez com o intuito de chamar a atenção da sua amada. Corália tinha também um antiquário nesta vila e assim, decerto notaria a presença de Montez.O negócio floresceu, atraindo diversos clientes, e Montez oferecia a todos os que apareciam na sua casa, um cálice do licor de ginja.

O sucesso foi tal que, a certa altura, as pessoas visitavam-no não para comprar antiguidades mas para beber uma ginginha. Em 1975, o antiquário vendeu o "Ibn Errick Rex" ao actual dono, António Tavares, que preservou e promoveu as características do espaço e da famosa bebida. Sobre a história de amor, resta dizer que José Montez e Corália viveram felizes para sempre!



Ah é verdade e é imprescindivel dizer que em Novembro dá-se lá o Festival do Chocolate, nham, nham!!!!! Já pus na agenda.

1 comentário:

Ana Bastos disse...

gostei da "ultima ceis..." muito bem... tb lá estavas!!!
Adoro Ginginha, e a de Óbidos... uiii!!! Tb gosto da vila e concordo com tudo (pelo menos com o que sei de lá) n conhecia a história da ginginha ;)

bjinhus