16.9.09

Patrick Swayze morre aos 57 anos

Infelizmente os lindos e famosos não são imunes à morte



Patrick Swayze foi um dos meus primeiros ídolos, a minha primeira paixão cinematográfica... e fiquei triste com a morte dele, principalmente porque ninguém precisa de sofrer tanto para morrer... O actor celebrizado pelos filmes «Dirty Dancing» e «Ghost - Espírito do Amor» faleceu aos 57 anos vítima de cancro no pâncreas, que combatia há cerca de um ano e meio.



O actor revelara em Março de 2008 que sofria de cancro no pâncreas e desenvolveu desde então uma forte luta contra a doença, mantendo-se optimista nas suas contínuas aparições públicas, e insistindo em continuar a trabalhar na série televisiva «The Beast». No fim, a doença falou mais alto e na madrugada de hoje em Portugal, correspondente ao final da tarde de segunda-feira em Los Angeles, surgiu o comunicado da sua agente: «Patrick Swayze faleceu hoje em paz e com a família ao seu lado após enfrentar os desafios da doença nos últimos 20 meses».

Patrick Swayze nasceu no Texas em 1952 onde praticou dança clássica, talento que aperfeiçoaria em Nova Iorque, nas escolas Joffrey e Harkness Ballet. Após curtos papéis no cinema e na televisão, integra em 1983 o elenco de futuras estrelas do filme «Os Marginais», de Francis Ford Coppola, em parelha como nomes que mais tarde seriam grandes, como Tom Cruise, Emilio Estevez, Rob Lowe e Diane Lane. No ano seguinte, continuaria a surgir junto da nova geração de actores de Hollywood no filme de guerra «Amanhecer Violento», de John Milius, e logo a seguir no drama «Youngblood».


O seu primeiro grande sucesso surgiu em 1985, como protagonista da série televisiva «Norte e Sul», um épico de grande orçamento, recheado de estrelas, sobre a Guerra Civil Americana. Seguiu-se em 1987 o papel que lhe garantiu a imortalidade aos olhos de uma geração, o do instrutor de dança de «Dirty Dancing - Dança Comigo», um filme de baixo orçamento previsto para seguir directamente para vídeo, mas que se revelou um êxito descomunal e tornou Swayze uma estrela internacional. O actor demonstrou aí os seus dotes de actor e também de cantor, com a balada «She's like the Wind».

Os filmes seguintes não foram muito felizes, com Swayze a protagonizar fitas de acção como «Profissão Duro», mas em 1990 o sucesso internacional voltou a sorrir-lhe com o êxito esmagador de «Ghost - Espírito do Amor», que chegaria a ser nomeado ao Óscar de Melhor Filme. No ano seguinte, voltou ao cinema de acção, mas com um excelente filme, «Ruptura Explosiva», de Kathryn Bigelow e ao lado de Keanu Reeves, como o assaltante surfista e paraquedista que gosta de testar os seus limites.

Desde então, a sua carreira nunca mais voltou a atingir o mesmo sucesso, apesar de interpretações mais sensíveis em filmes como «A Cidade da Alegria», de Roland Joffé, um drama passado na Índia, ou e em toada mais humorística «Os Três Mosqueteiros do Amor», como parte integrante de um trio de travestis juntamente com John Leguizamo e Wesley Snipes.


Em 2001, voltou a ser falado pelo seu papel secundário no clássico de culto «Donnie Darko» mas os seus trabalhos seguintes passarem relativamente despercebidos. A série televisiva «The Beast» foi o seu último trabalho, mas foi cancelada em Junho último devido à doença do actor.


Apesar da doença, e de estar submetido a tratamentos, o actor não se reformou, tendo feito um filme, Powder Blue (2009), e sobretudo interpretado 13 episódios da série policial The Beast, no papel de um veterano agente do FBI.

Numa entrevista ao The New York Times, em Outubro de 2008, Patrick Swayze disse: "Como é que uma pessoa mantém uma atitude positiva quando todas as estatísticas dizem que ele está morto? Muito simples: vai trabalhar." E The Beast só foi cancelada quando a doença impediu Swayze de continuar a filmar em definitivo.


Estreou-se na Broadway em 1975, dançando, na produção original de Grease. Rumou depois a Los Angeles, onde teve aulas de representação. Regressou à Broadway em 2003 no musical Chicago, muito elogiado pela crítica, e em 2006 interpretou Guys and Dolls no West End londrino. Ainda viveu para ver publicada a sua biografia, Patrick Swayze: One Last Dance, de Wendy Leig.

A People elegeu-o uma das 50 pessoas mais sexy do mundo.