1.1.10

Feliz 2010



E ao som da contagem decrescente, entre os gritos duma pequena "multidão" que se encontrava no mesmo salão, eu formulei os meus desejos para este novo ano onde acabamos de entrar, com mais 365 dias novinhos a estrear para nós fazermos o que quisermos e pudermos da melhor forma possível.

Sendo cliché comecei por desejar para mim e para os meus em primeiro lugar e para todos os outros de seguida, saúde, paz, amor e trabalho.... Depois tive mais uns desejos que não vou revelar porque são muito meus.... e a noite passou entre muita alegria e dança...

Este blogue morreu.... ou se não morreu está moribundo, mas enfim, eu sou saudosista e não desisto de nada que crio, por isso ele vai se mantendo por aqui.

Para quem ainda passe por aqui, eu desejo um OPTIMO 2010 e que consigam realizar senão todos, a maior parte dos vossos desejos, são os votos da Gioconda.

16.9.09

Patrick Swayze morre aos 57 anos

Infelizmente os lindos e famosos não são imunes à morte



Patrick Swayze foi um dos meus primeiros ídolos, a minha primeira paixão cinematográfica... e fiquei triste com a morte dele, principalmente porque ninguém precisa de sofrer tanto para morrer... O actor celebrizado pelos filmes «Dirty Dancing» e «Ghost - Espírito do Amor» faleceu aos 57 anos vítima de cancro no pâncreas, que combatia há cerca de um ano e meio.



O actor revelara em Março de 2008 que sofria de cancro no pâncreas e desenvolveu desde então uma forte luta contra a doença, mantendo-se optimista nas suas contínuas aparições públicas, e insistindo em continuar a trabalhar na série televisiva «The Beast». No fim, a doença falou mais alto e na madrugada de hoje em Portugal, correspondente ao final da tarde de segunda-feira em Los Angeles, surgiu o comunicado da sua agente: «Patrick Swayze faleceu hoje em paz e com a família ao seu lado após enfrentar os desafios da doença nos últimos 20 meses».

Patrick Swayze nasceu no Texas em 1952 onde praticou dança clássica, talento que aperfeiçoaria em Nova Iorque, nas escolas Joffrey e Harkness Ballet. Após curtos papéis no cinema e na televisão, integra em 1983 o elenco de futuras estrelas do filme «Os Marginais», de Francis Ford Coppola, em parelha como nomes que mais tarde seriam grandes, como Tom Cruise, Emilio Estevez, Rob Lowe e Diane Lane. No ano seguinte, continuaria a surgir junto da nova geração de actores de Hollywood no filme de guerra «Amanhecer Violento», de John Milius, e logo a seguir no drama «Youngblood».


O seu primeiro grande sucesso surgiu em 1985, como protagonista da série televisiva «Norte e Sul», um épico de grande orçamento, recheado de estrelas, sobre a Guerra Civil Americana. Seguiu-se em 1987 o papel que lhe garantiu a imortalidade aos olhos de uma geração, o do instrutor de dança de «Dirty Dancing - Dança Comigo», um filme de baixo orçamento previsto para seguir directamente para vídeo, mas que se revelou um êxito descomunal e tornou Swayze uma estrela internacional. O actor demonstrou aí os seus dotes de actor e também de cantor, com a balada «She's like the Wind».

Os filmes seguintes não foram muito felizes, com Swayze a protagonizar fitas de acção como «Profissão Duro», mas em 1990 o sucesso internacional voltou a sorrir-lhe com o êxito esmagador de «Ghost - Espírito do Amor», que chegaria a ser nomeado ao Óscar de Melhor Filme. No ano seguinte, voltou ao cinema de acção, mas com um excelente filme, «Ruptura Explosiva», de Kathryn Bigelow e ao lado de Keanu Reeves, como o assaltante surfista e paraquedista que gosta de testar os seus limites.

Desde então, a sua carreira nunca mais voltou a atingir o mesmo sucesso, apesar de interpretações mais sensíveis em filmes como «A Cidade da Alegria», de Roland Joffé, um drama passado na Índia, ou e em toada mais humorística «Os Três Mosqueteiros do Amor», como parte integrante de um trio de travestis juntamente com John Leguizamo e Wesley Snipes.


Em 2001, voltou a ser falado pelo seu papel secundário no clássico de culto «Donnie Darko» mas os seus trabalhos seguintes passarem relativamente despercebidos. A série televisiva «The Beast» foi o seu último trabalho, mas foi cancelada em Junho último devido à doença do actor.


Apesar da doença, e de estar submetido a tratamentos, o actor não se reformou, tendo feito um filme, Powder Blue (2009), e sobretudo interpretado 13 episódios da série policial The Beast, no papel de um veterano agente do FBI.

Numa entrevista ao The New York Times, em Outubro de 2008, Patrick Swayze disse: "Como é que uma pessoa mantém uma atitude positiva quando todas as estatísticas dizem que ele está morto? Muito simples: vai trabalhar." E The Beast só foi cancelada quando a doença impediu Swayze de continuar a filmar em definitivo.


Estreou-se na Broadway em 1975, dançando, na produção original de Grease. Rumou depois a Los Angeles, onde teve aulas de representação. Regressou à Broadway em 2003 no musical Chicago, muito elogiado pela crítica, e em 2006 interpretou Guys and Dolls no West End londrino. Ainda viveu para ver publicada a sua biografia, Patrick Swayze: One Last Dance, de Wendy Leig.

A People elegeu-o uma das 50 pessoas mais sexy do mundo.

4.8.09

O Cromossoma do Amor


Não sou grande fã das revistas cor de rosa nem tenho a menor pachorra para "tias"... confesso que nunca prestei uma atenção especial a esta Bibá, porque também não tenho pachorra para Bibás, Titas, Xinhas, Mimis e Lólós e etc etc etc. Mas já tinha pensado uma vez que uma mulher da minha idade tinha 5 filhos um deles diferente e que continuava a ser uma mulher sempre alegre, que aparecia sempre a rir e com ar de felicidade no rosto.

A Trissomia 21 como a paralisia cerebral, o autismo, são temas que me interessam, me entristecem e me fazem sempre pensar. Tenho um primo com Paralisia cerebral e cometi o erro do qual me arrependo até hoje de o tratar sempre como se fosse um bebé (até aos 8 anos) com gu-gus e da-das enquanto que ao outro primo da mesma idade falava normalmente. Acontece que a paralisia dele apenas lhe afeta a parte motora, e a da fala e por mais que a mãe mo dissesse eu não conseguia assimiliar que era mesmo assim. Quando o via a olhar para mim, sempre a rir e com um fio de baba a escorrer, para mim, apesar de o adorar ele era "atrasadinho"....

Até que um dia, tinha ele 9 anos, me chamou pelo msn e tive uma conversa com ele (à sua velocidade e ritmo) que me fez chorar convulsivamente de ter sido tão injusta com ele. Ele disse-me que devido à sua "diferença" não conseguia falar e tinha dificuldade em se expressar e que pela primeira vez podia dizer-me o quanto gostava de mim e o quanto me achava bonita. Chorei como há muito não chorava... e desde aí temos várias conversas pelo msn e NUNCA MAIS incorri na estupidez, na injustiça de falar com ele como se fosse um atrasadinho. Hoje converso normalmente com ele, dou-lhe o tempo que ele precisa para se fazer entender e até já me contou uma ou duas anedotas "picantes" (proprias dos seus 9 anos).

Enfim.... tudo isto para dizer que por vezes o não entendermos as diferenças dos outros, ou por não fazermos um esforço para as entendermos somos injustos, somos incorrectos e fazemos pessoas infelizes. E foi assim que eu decidi comprar o livro da Bibá Pitta e da história da sua filha Madalena. As expectativas eram.... as que eram.... ver se ela ia fazer show off, se queria dar nas vistas ou se tinha alguma coisa para nos contar.

E tinha... e tem... e aconselho este livro a qualquer pessoa. É uma história nua e crua duma familia que teve um filho diferente, são os vários testemunhos, duros de se lerem de quem aceitou com dificuldade esta menina, quem chegou a desejar que tudo "tivesse um fim", para mais tarde assumir que esta criança é a razão da sua existência. Muitas vezes chorei ao ler certas passagens deste livro, mas fez-me bem lê-lo, acho que cresci mais um bocadinho como pessoa e como ser humano, e estou MESMO a ser sincera.

Não sei se esta história poderá ajudar familias com o mesmo problema ou não, mas sei que nos faz abrir os olhos para a realidade, sermos menos egoístas, compreendermos certas coisas de uma forma melhor, e aprendermos que ser diferente, é apenas isso.... ser diferente! Com os mesmos direitos, com os mesmos deveres (tudo ao seu ritmo) e com o mesmo direito a andar neste mundo com a cabeça mais ou menos levantada, com a lingua mais ou menos para fora e com mais ou menos dificuldade em conseguir abotoar os botões do pijama.

7.5.09

O pra mim tão arranjadinha ja viram ?????? Ah pois é..... é que vou finalmente ver o retrato que aquele outro Italiano - o que dava vintes (será que o tipo era professor ??????).... - pintou acerca da minha pessoa.... e não quero fazer má figura ao pe da fotografia.... tenho que lhe fazer jus....

Pois é meus amigos e amigas.... porque a doença não me vence... (ok, não é uma grande doença, mas é um daqueles casos que a cura é pior que o mal disso podem ter a certeza), eu vou Sábado para Paris... vou festejar lá os meus 4 anos de casamento se Deus quiser... volto no Sábado seguinte... até lá !!!!!

5.4.09



São três os elementos-chaves dos Stomp: noção perfeita de ritmo, capacidade expressiva e domínio do movimento. E para completar o espectáculo, juntam uma boa dose de humor e uma comunicação exemplar com o público. O resultado é inevitavelmente uma plateia deleitada que os aplaude até à exaustão. In "A Capital "


Esta notícia transmite exactamente o que são os Stomp. Fui ve-los actuar no Casino de Lisboa e encantei-me com o ritmo, com a capacidade de improviso, a interacção que conseguem manter com o público sem ser preciso uma úncia palavra, o humor, a vitalidade, energia, tudo...

Latas, vassouras, botas, isqueiros, lava loiças, tampas de caixotes do lixo, garrafões, cadeiras, baldes de plástico... duma forma impressionante tudo isto faz musica, tudo isto tem ritmo, sem erros, sem enganos, sem falhas...

E para quem não conhece, mas que tenha um bocadinho para perder, eu deixo aqui uns videos que de alguma forma ilustram o que é este espectáculo.















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19.1.09

O estranho caso de Benjamin Button

fotografia

Para mim, um filme a não perder... este ano de 2009 parece prometer ser um dos anos mais ferteis em bons filmes e bons desempenhos pelo que já me foi dado analisar. Este foi o meu escolhido para iniciar este ano de cinema. A minha preguiça para falar sobre os filmes que vou vendo tem sido muita, com alguma pena minha, pois esta é uma forma de me ajudar a não esquecer os filmes que vou vendo. Dentro do possivel vou tentar contrariar a minha enércia.

Bm, mas voltando ao filme, um diário de rejuvenescimento que nos vai sendo lindo ao longo das cerca de 2,30 que dura o filme, contando a história de um homem que nasce velho e envelhece ao contrário, ou seja, nasce com 80 anos e oitenta anos depois morre bebé de colo.

Como já sabem, por aqui conta-se sempre o desfecho!!


A história começa num hospital onde uma mãe muito idosa está nos seus ultimos momentos e pede a uma filha que lhe leia um diário que está entre as suas coisas. Esta é a forma que ela encontra para contar a filha a história sobre o seu grande amor e pai dela.

A medida que a filha, primeiro conformada em passar o pouco tempo que falta até que a mãe morra e depois incrédula vai lendo o diário vamos vendo a estranha história de Benjamin Button, um idoso que nasce num corpo de criança e que vai andando para trás no tempo, ou seja, à medida que ele vai crescendo e passa pelos 7 anos, 10, 12, vai cada vez vendo melhor, tendo mais cabelo ou menos artroses...

Apesar das limitações da pseudo velhice, ele ama, sente como um jovem, en função da idade que tem. Num episodio engraçado, ele com cerca de 17 anos de idade e 70 de aparência vai pela primeira vez na sua vida a um bordel e dá conta da "menina" que alugou que pede por favor que ele pare que já não tem idade para aquilo (ele que está no esplendor da sua juventude e que pela primeira vez disfruta dos prazeres do sexo)...

No seu diário ele vai-nos fazendo confidências do que vive e do que sente. Ao nascer, com um terrivel aspecto engelhado, cheio de artroses, cataratas e dificuldades respiratorias como se de um ancião de 80 anos se tratasse, o pai tenta livrar-se dele horrorizado, abandonando-o à porta dum lar de idosos.

A empregada desse lar, incomodada com o seu aspecto mas achando que todos somos filhos de Deus e que se ele nasceu assim alguma razão haveria para isso, condoi-se do seu aspecto e cria-o como seu filho adoptivo.

No meio de todos aqueles velhos, Benjamin é apenas mais um e o seu aspecto decrépito à medida que cresce não lhe faz confusão nem o incomoda, até conhecer com 7 anos uma garota da mesma idade que irá ser o grande amor da sua vida, só que há medida que ele cresce e vai ficando cada vez mais jovem e cheio de força e energia, Daisy cresce, amadurece e envelhece com qualquer pessoa normal.

E é ela que neste filme nos consegue transmitir alguns momentos de sensatez e nos faz ter consciência do grande amor impossivel que os une. Ela que não nos faz concentrar para pensar em idades. Ela que consegue com a sua belissima interpretação acreditar que aquela paixão até era possivel.

E a vida dos dois acontece, ela a crescer e a fazer-se uma bela mulher, e ele a crescer, e a fazer-se um homem cada vez mais novo. Junta-se a um navio onde Mike, um velho lobo dos mares apesar de o ver como um velho cria por ele uma amizade paternal, ensinando-o sobre a vida e sobre o mundo. Vive um tórrido caso amoroso onde se apaixona por uma mulher casada (Tilda Swinton, uma das mulheres mais bonitas do cinema para, com uma beleza fria), que o usa e abandona, até que volta à casa materna e reencontra Daisy o grande amor da sua vida.

Nesta fase e até mais ou menos entre os 30 e 50 dela e os 50 e 30 dele, vivem um grande amor de onde nasce Carolina a sua filha. São os dois adultos, fortes e jovens o suficiente, mas à medida que a filha cresce e a mulher envelhece, Benjmin torna-se um jovem adolescente sem condições para continuar com elas. Desaparece então das suas vidas para deixar que a sua mulher possa ser feliz e possa criar a sua filha, porque ele tem a noção que dentro em breve ela terá de criar e educar os dois...

Ela volta a casar e tempos mais tarde, sendo ela já uma senhora de cerca de 60 anos ele aparece (lindo de morrer com 17) e fazem amor matando saudades duma grande paixão que não morreu.
Mais tarde, sendo já a filha deles uma mulher e ela viuva, é contactada pela Segurança Social por causa de uma criança de mais ou menos 10 anos que encontram, mas que estranhamente parece sofrer de momentos intermitentes de lucidez e demência que não sabe quem é nem de onde vem, mas que guarda consigo um diário que fala diversas vezes do nome dela.

E é assim que Daisy se muda para o lar onde viveu a sua avó e onde ela o conheceu e toma a seu cargo aquela criança abandonada. Há medida que o tempo passa, Benjamim que se está a tornar cada vez mais criança, mais infantil, desaprende de falar, de andar e acaba por morrer nos seus braços de mulher velha, bebé de colo, com um ultimo olhar onde ela sente a absoluta certeza que ele ainda a conhece e a ama.

26.12.08

Cao como nos

Não sou grande fã de Manuel Alegre, alias para ser sincera detesto o "personagem", mas ha um tempo atrás (já algo longo) acabei por não resistir à curiosidade e comprar este livro à frente de muitos outros que aguardavam pacientemente a sua vez na fila de espera. E este pequeno livro que se lê em cerca de uma hora, já foi lido por mim algumas vezes, deixando-me de cada uma delas de lágrimas nos olhos.

Fala de um cão especial para o autor, como os nossos cães o são para nós. E recorda-nos o vazio que ele nos vão deixando no coração quando nos separamos deles, seja porque motivo for. A medida que o autor vai contando alguns excertos da sua vida desde que o cão entrou nela e até que saiu, vai-nos mostrando em pensamento a falta que o seu cão lhe fez e o que ele sofre com a sua ausência, ao ponto de o ver e ouvir em todo o lado inclusive de falar para ele.

Ele, o chefe de familia, que acha que um cão é um cão, e não se lhe deve dar mais importância que isso mesmo. Mostra-nos a personalidade forte que os cães podem ter e a importância e influência que podem ter na familia. Um livro que devia ser lido por toda a gente que tenha ou não animais de estimação, porque talvez pudessem avaliar de outra forma porque é que nos dedicamos tanto a esses seres maravilhosos que nos dão tanto em troca de tão pouco. E especialmente por aquelas pessoas que compram os "puppies" para os meninos brincarem e que depois os abandonam quando crescem. Talvez conseguissem aprender alguma coisa com este livro e com este CÃO COMO NÓS.

9.11.08

Fantasma da opera



Este fim de semana revi um filme, que para mim é intemporal. Quando estreou, fui ve-lo com grande expectativa porque já tinha visto o Musical em Londres no Her Majesty's Theatre, onde esteve em cartaz desde 1986 até 2008 - 22 anos. Tinha algum receio que a história fosse alterada, apesar desta versão não ser sequer a original, mas fiquei agradavelmente surpreendida ao ver que tudo é mantido igual. Apenas se perde um pouco da emoção.

No filme a acção passa-se num palco e estamos constantemente a ver o publico que assiste às várias representações. Ao vivo, o público somos nós e a grandiosidade de tudo aquilo que assistimos cola-se-nos à pele, arrepiando-nos à medida que a acção se vai desenrolando e fazendo-nos sentir que somos uma parte da história.

O livro que deu origem a este musical, de autoria de Gaston Leroux já deu origem a pelo menos 7 filmes (que eu tenha conhecimento, embora ainda esteja na duvida em relação a outros dois que não consegui documentar-me sobre eles)e todos eles alteram a sua historia.

O primeiro foi ainda um filme mudo em 1925 e é tida como a melhor versão, pelo menos a mais fiel. A segunda versão é de 1943 e a historia já é alterada sendo que o Fantasma aparece na figura de um violinista que depois de sofrer um acidente com acido foge para as catacumbas da Opera de Paris.A terceira versão surge em 1962 e é considerada a pior de todas. Em 1974 Brian de Palma cria uma versão Opera Rock sobre este tema. Em 1982 fazem uma adaptação para a televisão em que adulteram completamente a historia alterando nomes e factos e em que o Fantasma passa a ser um maestro que pretende vingar a morte de sua mulher. E finalmente em 1990 uma nova versão também ela péssima transporta a historia para Nova Iorque e faz do Fantasma um ser irreal, enfim foram de mal a pior, chegando ao ponto de praticamente ninguém saber qual a história original.

Pessoalmente li o livro e gostei mas não tem nada a ver com este filme, ou melhor tem pouco a ver... e é sobre o filme que é suposto falarmos por aqui. Andrew Lloyd Webber que como muitos deverão saber é o responsavel por fabulosos musicais como por exemplo Jesus Christ Superstar, Evita ou Cats, depois de ter este musical em cena durante 18 anos decidiu adapta-lo ao cinema e segundo a minha modesta opinião em muito boa hora, porque nem toda a gente, alias muito poucos podem assistir ao vivo em Londres ou na Brodway como é obvio e seria uma pena sermos privados de tão fantástico espectáculo de cor e som.

A história: Estamos em Paris, em 1905 assistindo a um leilão onde um senhor muito idoso, o Visconde de Chagny compra uma caixa de musica com um macaco a tocar pratos e começa a recordar o seu passado, estranhamente ligado a essa caixa através da sua amada Christine Daae. Seguidamente leiloa-se um enorme lustre que foi recuperado dos escombros dum grande incêndio que houve na Opera de Paris, e em que o leiloeiro recorda que é o lustre ligado ao estranho caso do Fantasma da Opera gozando até com a historia.

Ao acenderem o lustre, a historia recua até 1860 e começamos então a conhecer a vida e história de essencialmente três pessoas, o Visconde, Christine e do próprio Fantasma. A Direcção da Opera está a ser passada, apresenta-se um novo dono da sala de espectáculos e ensaia-se a obra "Hannibal". A primeira cantora, Carlotta, irritada como sempre com tudo e todos, ao cair um contrapeso mesmo ao pé dela decide ir embora deixando toda a gente assustada porque a opera estreia-se nessa noite e aquele é o ensaio geral.

A Srª Giry, encenadora, revela que uma das bailarinas tem uma excelente voz e Christine canta para espanto de todos com uma voz linda. A estreia é feita nessa noite com Christine a fazer a vez da prima-donna. Depois da estreia e no seu camarim, Christine é visitada pelo Fantasma, que ela pensa ser um Anjo que o seu pai lhe enviou quando morreu para velar por ela e para a ensinar a cantar. Este apresenta-se pela primeira vez e conduz Christine através do espelho para o subterrâneo onde habita. Após varias peripécias e canções lindas ela tira-lhe a mascara para ver a sua cara horrivelmente deformada o que o põe completamente louco de furia, amaldiçoando-a e ameaçando-a que ela nunca mais poderá ser livre depois daquilo.

Posteriormente e já com Christine de regresso à Opera, todos começam a receber cartas do Fantasma avisando que o papel principal da Opera "Il Mutto" que irá ser posto em cena deverá ser entregue a Christine sob pena de acontecer alguma desgraça, tal como o camarote 5 deverá sempre ficar desocupado para que ele (Fantasma) possa assistir a Opera de lá. Ninguém quer acreditar que o Fantasma existe realmente e acusam-se uns aos outros de serem os autores das cartas. Mais uma vez Carlotta que já tinha regressado vai embora ofendida com o facto de não quererem que ela cante e os director prometem que ela terá o papel principal nessa, como em todas as Operas.

E assim, quando a Opera é estreada, Carlotta é a prima-donna e o Visconde está a assistir sentado no camarote 5. Ouve-se então a voz do Fantasma dizendo que já tinha avisado que algo iria acontecer e de repente Carlotta fica sem voz. É rapidamente substituida por Christine mas a fúria do Fantasma não acalma. O lustre abana violentamente ameaçando cair e perante um publico aterrorizado, um funcionario da Opera cai no tecto enforcado. Instala-se o terror e Christine e o Visconde fogem para o telhado. Ai trocam juras de amor enquanto o Fantasma ouve escondido atrás duma estátua. Completamente furioso volta para o teatro e derruba mesmo o lustre por cima do publico que foge em pânico.

Seis meses mais tarde ninguém mais tinha ouvido falar do Fantasma e dá-se um Baile de Mascaras, em que todos estão presentes e o Visconde e Christine estão já noivos. Esse Baile com o nome de Masquerade é um dos momentos verdadeiramente belos do filme, tanto a nivel de musica, como de guarda roupa. No final o Fantasma aparece fantasiado de Morte Vermelha e entrega a partitura de uma Opera intitulada "Don Juan Triunfante" e ordena que ela seja encenada. No final o Visconde e a Srª Giry conversam e ela acaba por lhe confessar que sabe quem é o Fantasma, conta-lhe que é uma criança terrivelmente deformada (esta é realmente a grande alteração em relação ao livro, porque o Fantasma é sempre e em todas as versões um homem que é deformado por derramamento de ácido e aqui ele já nasceu deformado) que ela ajudou a fugir e que escondeu ali nos subterrâneos do teatro e que lá cresceu e viveu sempre.

Com medo daquela terrivel figura, a Opera começa a ser ensaiada, dirigida pelo próprio Fantasma através de cartas. Christine é obviamente a cantora principal e o Visconde junto com os directores pleaneam apanhar o Fantasma aquando da estreia desta peça, para o que pedem a ajuda dela. Christine hesita muito pois custa-lhe trair o homem que sempre velou por ela e que a ensinou a cantar e vai ao cemitério visitar a campa do pai e pedir-lhe ajuda para tomar uma decisão sobre o que fazer.

Finalmente estreia a nova Opera. Tudo está como o Fantasma ordenou. A ideia é agradar-lhe para mais facilmente o apanhar. Quase no fim da actuação e sem que ninguém se aperceba, ele enforca o tenor principal e toma o seu lugar, cantando a ária final da Opera com Christine. Quando finalmente se apercebem do que aconteceu tentam capturar o Fantasma que foge para o subsolo levando Christine consigo. Os actores, funcionários e policia partem em busca do Fantasma assim como o Visconde.

Christine conversa com o Fantasma sobre a vida dele e todo o sofrimento que ele teve
por causa da sua deformidade. Entretanto Raoul (o Visconde) chega e na ânsia de salvar Christine cai numa armadilha que o Fantasma lhe preparou. Christine tem na sua mão a hipotese de salvar Raoul ou deixá-lo morrer. O Fantasma diz-lhe que a escolha é dela, ou aceita ficar com ele e ele liberta o seu amado, ou recusa e ele morre. E pronto só falta mesmo contar o final. Não é que este filme seja um grande filme de suspense ou acção que estejamos todos suspensos de saber como acaba, ou que se eu contasse alguém achasse que já não valia a pena ir ver o filme, mas por uma questão de principio não digo.

Vão ver porque vale a pena. A grande maioria de todos os diálogos que falo aqui são cantados porque este filme é um musical, não podemos esquecer. A musica é fabulosa, com especial destaque para musicas como "Think of me", "The music of the night", "The point of no return" ou "The Phantom of the Opera" e apesar de algumas criticas que já li, as representações estão bastante boas, se tivermos em conta que houve a preocupação de arranjar actores que também cantassem, daí que não encontramos nenhum dos consagrados "monstros" do cinema que estamos habituados a ver nas telas, apesar de alguns dos actores serem conhecidos como é o caso do próprio Fantasma que já vimos pelo menos no filme Tom Raider - O Berço da Vida e a Christine Daae que contracenou com Sean Penn no filme Mystic River. É um filme que merece mesmo ser visto no cinema, face à grandiosidade dos cenários, mas já agora se puderem vejam-no numa sala com boas condições acústicas porque merece.

15.6.08

Miaurrrrrrrrrrrrrrr, I'm immmmprrrrrrrrreeeeeessssseeeeddddd

Há uns meses atrás vi um dos filmes que mais me divertiram nos últimos tempos. Não que tenha sido um bom filme porque não o é, pelo menos na minha opinião, mas porque simplesmente gostei de o ver. Não vou falar da realização, da historia (porque sinceramente não a conhecia), dos efeitos especiais que são fracos, muito fracos, vou apenas contar o filme (quase todo) e o efeito que provocou em mim.

Para começar este filme tem a participação de duas actrizes que eu gosto muito de ver trabalhar. Halle Berry e a belíssima Sharon Stone que se eu fosse homem seria a minha..... enfim.... musa inspiradora. Halle Berry é designer numa empresa de cosmética e está encarregue de criar a imagem de um produto que vai ser lançado no mercado chamado “Beau-Line”.

Esse produto faz mal à pele, cria habituação e isso é do conhecimento dos donos da empresa que não estão minimamente preocupados com isso, tirando do seu caminho quem tente opor-se à sua comercialização. Patiente (Halle Berry) vai entregar o trabalho já fora de horas e vê-se de repente no sitio errado há hora errada, ouve o que não deve e sofre as consequências.

A sua estranha relação com um gato acaba por vir a transformá-la na Catwoman, uma felina cheia de força e de garra, meio mulher meio animal, meio vilã, meio heroína. Em relação a isto, acho que a prestação dela está boa mas os efeitos especiais são exagerados, ela faz constantemente lembrar-me o Homem-Aranha, tudo muito rapido, muito “falso”, muito pouco convincente.

Dentro da ficção que é esta história, há algumas cenas que se tornam um pouco ridículas como por exemplo ela fazer “surf” em cima de um ladrão de joalharias. Há coisas que eram escusadas e perfeitamente dispensáveis. Catwoman vai tentar vingar-se do que lhe fizeram, mas vê-se acusada de uma serie de coisas que não fez e é perseguida por um Detective da policia que está apaixonado pela Patiente e que ao começar a “cruzar” as coincidências entre as duas, vê-se no dilema de proteger a mulher que ama e prender a suposta vilã assassina.

Patiente não pode contar o seu segredo (como já é da praxe com todos os nossos super-heróis) e tenta mostrar a sua inocência sem se denunciar. Várias vezes durante este filme Halle Berry faz-me lembrar “Gothika”. Entretanto a verdadeira vilã, Sharon Stone vai usando de todos os meios para atingir os seus objectivos que são ter mais poder dentro da empresa de que é dona com o marido, comercializar o produto que lhe tem garantindo a sua beleza e do qual ela tão bem conhece os efeitos secundários e se possível culpar a Catwoman de tudo o que ela tem que fazer para conseguir isso.

Sharon está muito bem no seu papel, aliás como em todos os papeis que encarna. É uma mulher linda apesar da idade... quase perfeita. Resumindo, achei um piadão ao filme, diverti-me imenso e fiquei muito bem disposta, o que é acima de tudo o que eu pretendo após a visualização de qualquer película cinematográfica. A gatinha era muito sexy e a Vilã linda... (pronto não posso estar sempre a elogiar o Brad Pitt e o George Cleoney.... hoje foi o dia “delas”). Moral da história... Quem não quer ser gato não lhe veste a pele. Ai que esta saiu-me muito bem....

5.6.08

Apenas uma palavra: GENIAL !!!!






Fui ontem ver o espectáculo de Filipe La féria e vim de lá apenas com uma ideia: tenho que lá voltar, tenho que ir ver outra vez... tenho que dizer a toda a gente que é imperdível... não é preciso ser católico, não é preciso seguir nenhuma religião, só é preciso gostar de ouvir boa música e de ver bons espectáculos.

Por vezes temos a ideia de que o que fazemos não presta, de que o que passa no estrangeiro é que é bom, mas eu que já tive a sorte de ver três musicais em Londres, o Fantasma da Opera, Cats e Fame, digo sem qualquer sombra de dúvida que este não deixa a desejar em relação a nenhum deles.


Estes são os cantores principais: Gonçalo Salgueiro como Jesus, Pedro Bargado como Judas Iscariotes e Sara Lima como Maria Madalena, depois existem os substitutos que são respectivamente David Ventura, Tó Leal e Laura Rodrigues mas tive a sorte de apanhar todos os principais. Curiosamente Gonçalo é um fadista e Pedro Bargado "saiu" dum Chuva de Estrelas.


Sobre Jesus é dificil falar, aliás sobre qualquer um deles, a entrega deste cantor em palco é qualquer coisa de arrebatador. A sua voz é indiscritivel, ele passa de agudos a graves, grita, zanga-se, chora, sussurra, sem nunca haver uma falha, sem nunca haver um deslize, a sua capacidade vocal é magnifica. Ele veste o personagem, ele sofre em palco, ela mostra dor, humildade, abnegação...


Judas, é uma força da natureza, não só a sua voz que é potente e linda, como a potência dela é fantástica e ele além de cantor de uma forma sublime é um excelente actor e bailarino com uma expressividade arrepiante. Podia ficar a ouvi-lo horas sem nunca me cansar.


Todos os outros são excelentes actores e cantores, como a Maria Madalena, o Simão, o Pedro que tem uma actuação breve mas marcante, Pilatos e Herodes numa versão modernista e contemporânea, Caifás e Anás, dois dos cinco fariseus que o condenam à morte têm vozes fora do vulgar e dão um toque de humor em certas cenas.


Por mais que eu escreva, não é possivel descrever em palavras o espectáculo. Cenas como "O Templo",
"Para sempre amaldiçoado", o emotivo "Monte das Oliveiras",

"Morte de Judas",
,
"Julgamento de Pilatos" e a cena final "São João 19:41"
são cenas que dificilmente me vou esquecer tão cedo. O final, que nos deixa sem palavras e com um aperto na garganta... em que o corpo de Cristo é transportado por entre nós, através do corredor central, em que vemos de perto as caras dos apostolos e de todos os que acompanham o corpo num desenrolar de emoções, um profundo dramatismo, uma intensidade comovente, enfim... só vendo mesmo !!!